Os avanços científicos têm se mostrado pouco efetivos em desenvolver tecnologia aplicada ao auxílio a deficientes (físicos e/ou sensoriais) e em torná-la acessível a esta população alvo. No caso dos surdos seria desejável o desenvolvimento de sistemas de realimentação visual que auxiliassem o aprendizado de oralização. Este trabalho apresenta algumas contribuições nesta direção e se efetivaram no contexto de uma colaboração entre o Programa de Engenharia Biomédica (PEB) da COOPE/UFRJ e a Divisão de Fonoaudiologia (DIFON) do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), resultando num método terapêutico, denominado Estimulação Global. Tal método utiliza, além de conceito da área de fonoaudiologia, ferramentas de informática especialmente desenvolvidas para o auxílio à terapia fonoaudiológica, mas dentro da metodologia proposta pelo método. Serão apresentados uma visão geral da modelagem do processo de oralização, os principais módulos computacionais já desenvolvidos, uma visão geral do método de Estimulação Global e as observações iniciais concernentes à experiência de sua utilização prática.
