O texto problematiza as estratégias de governamento identitário operadas na Educação, na Contemporaneidade. No cruzamento entre os estudos de Michel Foucault e as teorizações que filiam-se ao pensamento social contemporâneo, articula o governamento como ferramenta para o exercício analítico produzido sobre seis publicações do Ministério da Educação, que compõem a coleção Educação para Todos. Mostra duas estratégias de governamento identitário delineadas nas políticas educacionais: a produção da tolerância e a inversão do estigma, que assumem, como fim, o esmaecimento das práticas de discriminação. Conclui-se, por fim, que a inversão parcial do estigma inviabiliza a incorporação da tolerância nos relacionamentos entre os indivíduos, fazendo com que essas estratégias não produzam os efeitos esperados.
The text problematizes the identity government strategies operated in Education, in the Contemporaneity. In the intersection between Michel Foucault’s studies and theorizations that are based on contemporary social thought, it articulates governance as a tool for the analytical exercise produced on six publications of the Ministry of Education, which make up the Education for All collection. It shows two identity governance strategies, outlined in educational policies: the tolerance production and the stigma inversion, which take on the purpose, the fading of discrimination practices. Finally, it concludes that the partial stigma inversion precludes the incorporation of tolerance in the relationships between individuals, making that these strategies do not produce the expected effects.
El texto problematiza las estrategias de gobiernamento identitaria operadas en la Educación, en la Contemporaneidad. En la intersección entre los estudios de Michel Foucault y teorizaciones que están afiliadas al pensamiento social contemporáneo, se articula la gobiernamento como una herramienta para el ejercicio analítico, producido en seis publicaciones del Ministerio de Educación, que componen la colección Educación para Todos. Muestra de dos estrategias de gobiernamento identitaria descritas en las políticas educativas: la producción de tolerancia y la inversión del estigma, que asumen, como un fin, el desvanecimiento de las prácticas de discriminación. Finalmente, se concluye que la inversión parcial del estigma hace que sea imposible incorporar tolerancia en las relaciones entre individuos, evitando así que estas estrategias produzcan los efectos esperados.