Historicamente, as pessoas trans têm sua presença inviabilizada nos mais variados espaços, como é caso do campo científico. Partindo desta constatação, o presente artigo apresenta um recorte de uma pesquisa de mestrado, que objetiva tecer interlocuções com a narrativa de um pesquisador trans, relacionada à sua trajetória de constituição enquanto pesquisador. Para isso, realizou-se uma entrevista on-line, com auxílio de um roteiro semiestruturado, em que as narrativas foram entendidas enquanto uma modalidade discursiva. As narrativas foram organizadas em: Eixo narrativo 1: Produção do gênero e a constituição como pesquisador; e Eixo narrativo 2: Dificuldades, preconceitos e resistências. Ao dialogar com a narrativa do pesquisador, foi possível pensar em relação às marcas que o processo de transição de gênero promoveu na sua constituição no campo da pesquisa, assim como as dificuldades, preconceitos e resistências presentes ao longo da sua trajetória profissional e acadêmica.
Historically, trans people have had their presence made impossible in the most varied spaces, as is the case of the scientific field. Based on this finding, the present article presents an excerpt from a master’s research, which aims to weave interlocutions with the narrative of a trans researcher, related to his trajectory of constitution as a researcher. For this, an online interview was conducted, with the aid of a semi-structured script, in which the narratives were understood as a discursive modality. The narratives were organized into: Narrative axis 1: Production of gender and constitution as a researcher; and Narrative axis 2: Difficulties, prejudices, and resistances. By dialoguing with the researcher’s narrative, it was possible to think about the marks that the gender transition process promoted in its constitution in the field of research, as well as the difficulties, prejudices and resistances present throughout its professional and academic trajectory.
Históricamente, las personas trans han visto imposible su presencia en los más variados espacios, como es el caso del campo científico. A partir de este hallazgo, el presente artículo presenta un extracto de una investigación de maestría, que tiene como objetivo tejer interlocuciones con la narrativa de un investigador trans, relacionada con su trayectoria de constitución como investigador. Para ello, se realizó una entrevista en línea, con la ayuda de un guion semiestructurado, en el que las narrativas se entendieron como una modalidad discursiva. Las narrativas se organizaron en: Eje narrativo 1: Producción de género y constitución como investigador; y Eje narrativo 2: Dificultades, prejuicios y resistencias. Al dialogar con la narrativa de la investigadora, fue posible pensar en las marcas que el proceso de transición de género promovió en su constitución en el campo de la investigación, así como las dificultades, prejuicios y resistencias presentes a lo largo de su trayectoria profesional y académica.