A experiência educativa do Povo Juruna: o trabalho pedagógico comunitário na construção de uma escola fronteiriça

Revista Educação e Políticas em Debate

Endereço:
Avenida João Naves de Ávila 2121 - Santa Mônica
Uberlândia / MG
38400-902
Site: http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/issue/view/2022
Telefone: (34) 9841-9309
ISSN: 2238-8346
Editor Chefe: Maria Vieira Silva
Início Publicação: 30/07/2012
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

A experiência educativa do Povo Juruna: o trabalho pedagógico comunitário na construção de uma escola fronteiriça

Ano: 2025 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: Francilene de Aguiar Parente ,Irlanda do Socorro de Oliveira Miléo ,Taiane Lima Silva
Autor Correspondente: Taiane Lima Silva | [email protected]

Palavras-chave: Juruna do Km 17; Educação Escolar Indígena; Interculturalidade; Projeto Pedagógico

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Discute-se como os Juruna do Km 17 –trecho localizado entre os municípios de Altamira e Vitória do Xingu, Estado do Pará, vêm utilizando a escola existente na comunidade Boa Vista para a demarcação das suas fronteiras identitárias. Objetiva analisar a construção da identidade Juruna na sua relação com o pensar e o fazer pedagógico da escola da aldeia Boa Vista, sinalizando, nas práticas escolares, o atendimento aos preceitos legais da política de educação escolar indígena e o fortalecimento da identidade étnica, especialmente quando em processo de etnogênese. A pesquisa de campo fez uso de técnicas etnográficas, entre elas entrevistas abertas, registros fotográficos e observação participante. A escola, que historicamente serviu às tentativas de homogeneização, hoje é pensada como fronteira na medida em que é ressignificada por outras culturas. Entre os sujeitos em questão, percebeu-se que a Escola Francisca Juruna, eleita por eles como principal estrutura social de fortalecimento étnico, desempenha relevante papel na afirmação da identidade indígena do grupo na medida em que busca zelar pela manutenção das fronteiras identitárias, contribuindo com a atualização dos sinais diacríticos e com o sentimento de pertença étnica.



Resumo Inglês:

It discusses how the Juruna of Km 17 –a stretch located between the municipalities of Altamira and Vitória do Xingu, State of Pará, have been using the existing school in the Boa Vista community to demarcate their identity borders. It aims to analyze the construction of the Juruna identity in its relationship with the pedagogical thinking and doing of the school in the Boa Vista village, signaling, in school practices, the fulfillment of the legal precepts of the indigenous school education policy and the strengthening of ethnic identity, especially when in the process of ethnogenesis. The field research made use of ethnographic techniques, including open interviews, photographic records and participant observation. The school, which historically served the attempts at homogenization, is now thought of as a frontier to the extent that it is resignified by other cultures. Among the subjects in question, it was noticed that the Francisca Juruna School, chosen by them as the main social structure of ethnic strengthening, It plays an important role in the affirmation of the group's indigenous identity as it seeks to ensure the maintenance of identity boundaries, contributing to the updating of diacritical marks and the feeling of ethnic belonging.



Resumo Espanhol:

e discute cómo los Juruna del Km 17 –tramo ubicado entre los municipios de Altamira y Vitória do Xingu, Estado de Pará, vienen utilizando la escuela existente en la comunidad de Boa Vista para demarcar sus límites identitarios. Tiene como objetivo analizar la construcción de la identidad Juruna en su relación con el pensamiento y la práctica pedagógica de la escuela de la aldea de Boa Vista, señalando, en las prácticas escolares, el cumplimiento de los preceptos legales de la política educativa escolar indígena y el fortalecimiento de la identidad étnica. especialmente cuando se está en el proceso de etnogénesis. La investigación de campo utilizó técnicas etnográficas, incluidas entrevistas abiertas, registros fotográficos y observación participante. La escuela, que históricamente sirvió como medio de homogeneización, hoy se considera una frontera, ya que otras culturas le dan un nuevo significado. Entre los sujetos en cuestión, se advirtió que la Escuela Francisca Juruna, elegida por ellos como principal estructura social para el fortalecimiento étnico, juega un papel importante en la afirmación de la identidad indígena del grupo, ya que busca asegurar el mantenimiento de los límites identitarios, contribuyendo a la actualización de los signos diacríticos y el sentimiento de pertenencia étnica.