Este artigo resulta de um estudo exploratório acerca do trabalho e do ócio. Seus objetivos foram verificar como um trabalhador
de nível superior avalia a distribuição quantitativa do seu tempo e, ainda, analisar como este trabalhador avalia a qualidade das
experiências vividas no seu tempo de trabalho e no seu tempo livre. Foi aplicado um questionário em 62 alunos de pós-graduação
com situação ativa de trabalho. Os dados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa. Os principais resultados apontaram
para uma avaliação negativa sobre a distribuição do tempo de trabalho e do tempo livre para o ócio, assim como sobre a qualidade
das experiências vividas em cada um desses momentos, embora as experiências de ócio vividas no tempo livre tenham sido apontadas
como as mais valorizadas pelos respondentes. Concluiu-se que é necessário que o ócio, enquanto possibilidade de experiência
integral do ser humano, seja resignificado na vida dos trabalhadores e que estes reaprendam a conduzir suas vidas de forma mais
lenta, mais leve e mais rica em sentido.
This article results from an exploratory study about work and leisure. Its objectives were to check how workers with higher education
assess the quantitative distribution of their time and also to analyze how they assess the quality of the experiences they come across
during both their work and free time. A questionnaire was used with 62 postgraduate-level students who are active workers. The data
was analyzed both quantitatively and qualitatively. The main results indicate negative assessment on time distribution for work and
leisure and on the quality of the experiences lived in each of these moments although the experiences which happened during leisure
time were more valued by the subjects. The conclusion was that it is important that leisure, as part of a whole human experience, be
redefined in the workers’ lives, and that they relearn how to live their lives in a slower, lighter, and more meaningful way.