O artigo trata das políticas que atingem mais diretamente crianças e adolescentes em situação de rua, ou seja, as de segurança -mais especificamente a atual política de ordem. Estabelece um diálogo com os meninos por entender a necessidade de ouvi-los para poder pensar outras possibilidades de ações políticas, bem como compreender o sentido e o significado dessas postas. No entanto, o debate sobre as políticas para infância e adolescência em si tu-ação de rua requer um debate sobre a própria definição desses meninos. O que efetivamente os transforma em "situação de rua. A pesquisa se desenvolve com um estudo do espaço urbano para se pensar crianças e adolescentes em situação de rua, buscando a relacáo entre esses dois aspectos. As reflexões seguem com base no pensamento descolonial, na aposta da necessidade de um giro epistemológico em que seja possível pensar desde o sul. Como conclusão, o permanente fazer parte sem fazer desses meninos e meninas e a imprescindível necessidade de se pensar com eles as políticas para a situação de rua. O predomínio da "segurançà' vem reforçando o estere-ótipo do menino bárbaro, que deve ser contido, ordenado em seu espaço subalternizado na cidade.