Elaborou-se sistemática de intervenções sobre a compreensão da saúde pública como questão social por meio da criação de espaço de compartilhamento com a comunidade. Iniciou-se a construção do ensinamento participativo entre a população, profissionais e acadêmicos a respeito dos mitos e realidades sobre o conhecimento empírico e o científico na área da saúde pública no município de Franca e região. O objetivo foi proporcionar a experiência do debate crítico sobre as questões da saúde como objeto concreto, introduzindo como esforço consciente, a reflexão dos determinantes sociais e o ideário ético-político, vinculados à definição de saúde como vida. Os pesquisadores prepararam-se para o trabalho de condução não-diretiva para a coordenação de cada debate. Realizaram reuniões mensais, divulgadas por cartazes afixados na Universidade e nas Unidades de Saúde de Franca. As contribuições construídas para o estudo da questão da saúde enfocaram-na mais como um produto social do que uma adversidade biológica. As avaliações positivas ao fim de cada conversa e as sugestões temáticas para os próximos encontros apontavam que o trabalho estava no caminho certo e que devia prosseguir. Podese dizer que foi possível o abandono relativo de certezas ao submetê-las a novas compreensões.