Gênero e surdez

Reflexão e Ação

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ISSN: 1982-9949
Editor Chefe: Cheron Zanini Moretti
Início Publicação: 31/10/1990
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

Gênero e surdez

Ano: 2007 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: M. Klein, D. P. Formozo
Autor Correspondente: M. Klein | [email protected]

Palavras-chave: gênero e sexualidade, diferença, estudos surdos, mulheres surdas, movimentos surdos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo propõe-se discutir a temática da surdez, articulando-a com discussões referentes a gênero e sexualidade, tomando por referência autores da perspectiva dos Estudos Culturais em Educação e dos Estudos Surdos. A surdez e os surdos, assim como o gênero, são entendidos a partir da diferença cultural. No mercado de trabalho em geral, as surdas são discriminadas, porém são a maioria no professorado, o que é uma conseqüência da feminização do trabalho docente. A crescente presença feminina na liderança dos movimentos surdos pode estar relacionada a essa maioria de professoras, que carregam para os movimentos características da organização escolar. Analisamos dois artigos sobre o tema, além de um encontro sobre mulheres surdas ocorrido em Pelotas – RS, onde as participantes destacaram seu papel na luta política da associação dos surdos, enquanto aos homens cabe o papel de organizar as atividades de lazer e esportes. A luta pelos direitos das mulheres surdas vem crescendo no Brasil e há necessidade de haver mais estudos sobre essa temática.



Resumo Inglês:

This paper discusses the topic of deafness, articulating it with discussions referring to gender and sexuality, based on authors from the perspectives of Cultural Studies in Education and Deaf Studies. Deafness and deaf people, as the gender issue, are understood through a cultural difference perspective. Deaf women are discriminated in the workplace in general, but they are the majority in the teaching profession, a consequence of the feminization of the teaching work. The increasing female presence as leaders of deaf movements may be related to this greater rate of women as teachers, who carry the features of the school organization onto the movements. Two papers on the topic were examined, as well as a meeting on deaf women occurring in Pelotas – RS, whose participants highlighted their role in the political struggle by the deaf people’s association, while men take on the role of organizing leisure and sporting activities. The fight for the rights of deaf women has been growing in Brazil; there is a need for more studies on such topic.