Pensar a relação entre a literatura brasileira e a literatura francesa impõe a necessidade de interpretações apoiadas na intertextualidade e, mesmo, em um movimento textual aberto a toda espécie de glosa, direta ou indiretamente reivindicada. Isto significa dizer que não é mais caso de se entender tal relação segundo a noção de “influênciaâ€, que impõe o modelo da árvore — que trabalha com conexões verticais e lineares —, mas segundo o viés do intertexto, perpassado pelo conceito de “rizoma†— que supõe o múltiplo, o disseminado, o não-hierárquico no registro da representação e da interpretação. Eis porque a proposta é aqui aquela de deixar ecoar entre Murilo Mendes e Arthur Rimbaud, Oswald de Andrade e Blaise Cendrars ruÃdos literários que são marcas poéticas a um tempo pessoais e universais.