Este artigo tem como objetivo revisar as bases para a aquisição da leitura, os métodos de alfa-betização e como estes impactam a população surda. A proposta é discutir aspectos subjacentes à constituição de sistemas linguísticos e aos mé-todos de alfabetização, necessários para a tomada de importantes decisões sobre políticas de ensino de língua escrita para aprendizes surdos. De um lado, existem estudos que permitem relativizar o papel da oralização e da associação grafema-fonema na aquisição da escrita. Por outro lado, há trabalhos cujos resultados indicam que o acesso à forma visual global da palavra, apenas, não pa-rece estar correlacionado com aquisição efetiva. Apresentamos estudos indicadores de que o fa-tor preponderante para a aprendizagem da escrita é a capacidade de segmentar a língua, obtida na infância com exposição exaustiva a interações lin-guísticas. Sendo assim, destacamos a importância da exposição da criança surda a uma língua de si-nais desde o nascimento.
