O artigo trata das estratégias utilizadas pelos Estados Unidos com o fim de manter e expandir sua hegemonia conquistada no pós-guerra fria. Aborda a ideia de guerra híbrida e discorre acerca do lawfare ou guerra jurídica, práticas estas que imprimem novas feições aos conflitos geopolíticos globais, consistentes em estratégias de intervenção nos Estados soberanos, distintas das utilizadas nos embates bélicos convencionais. A partir desses conceitos, analisa o emprego de tais práticas de guerra no cenário contemporâneo. Destaca-se a América Latina, em países cujas políticas de Estado não se alinhavam aos interesses dos externos. Notadamente o Brasil atuou com protagonismo dos militares, mas também do sistema judiciário, além do alinhamento com políticas neoliberais e subserviente aos Estados Unidos, a militarização da política, movimento essencialmente oposto ao fortalecimento do Estado democrático de direito. O ponto em comum observado no âmbito dessa estratégia de guerra - que se presta a definir o espectro ideológico dos governantes que assumirão o comando de cada Estado alvo, suas estratégias também se orientam para as disputas eleitorais – é o combate à corrupção. Sob tal fundamento, e contando com o aparato do sistema de justiça local, tornam-se inelegíveis lideranças políticas, vilipendiam-se reputações e corrompem-se democracias não consolidadas.
The article treats of strategies used by the United States as a goal of maintaining and expanding its conquered hegemony, not post-cold war. It addresses the idea of hybrid warfare and disagreements about lawfare or legal warfare, these practices that imprint new feições in global geopolitical conflicts, consistent with intervention strategies in sovereign States, different days used in conventional war attacks. Starting from two conceits, I analyze or undertake such non-contemporary war practices. Latin America stands out, in countries whose State policies are not aligned with external interests. Notably, Brazil has two military leaders, but also the judicial system, in addition to being aligned with neo-liberal policies and subservient to the United States,to the militarization of politics, a movement essentially opposed to or strengthening the democratic state of direct rule. Or, as a common point of view, there is no scope for the war strategy -which lends itself to defining the ideological spectrum of the two rulers who assume or command each State, their strategies are also geared towards electoral disputes –orfighting corruption. On this foundation, and counting as an apparatus of the local justice system, political leaders become inelegible, vilify their reputations and corrupt unconsolidated democracies.