Este artigo pretende analisar a narrativa tecnológica presente no discurso autoritário de PlÃnio Salgado. Abordaremos as múltiplas interações e tensões existentes entre esta narrativa tecnológica e o intenso processo de transformação da sociedade da época. Destacaremos algumas das representações constituintes desta narrativa, como um forte determinismo tecnológico visto como motivação da crise, as imagens tecnológicas apocalÃpticas, o contraste entre técnicas da violência e as técnicas disciplinares e de si e, por fim, a proposição de um novo estado na narrativa utópica da sociedade integralista. A concepção de sua narrativa tecnológica sobre a sociedade moderna, será vista como justificadora de uma fantasmagórica narrativa da resistência e cerne da elaboração de uma narrativa utópica integralista.