o presente trabalho pretende discutir – a partir de históricas decisões da Suprema Corte Estadunidense que possibilitaram o reconhecimento do direito da criança negra Ruby Bridges a estudar em uma escola que, à época nos Estados Unidos, era exclusiva para pessoas brancas – os avanços e os retrocessos étnicos-raciais em um enlace comparativo envolvendo as sociedades brasileira e a estadunidense. Ademais, o artigo propõe um ensaio sobre o racismo estrutural brasileiro, que, mesmo após a abolição da escravidão, o advento da Constituição Democrática e das esparsas políticas públicas de inclusão racial, persiste sem maior estranhamento social por parte de pessoas brancas, neste ponto discutimos a nossa branquitude. A violenta e imposta hierarquia dos brancos sobre os negros, mostra-se como uma herança do passado escravocrata brasileiro resistente em nossa formação sóciojurídica. A metodologia utilizada será de pesquisa documental e bibliográfica e análise comparativa. Os resultados apresentam uma importante clivagem, ainda hoje, entre negros e brancos na sociedade brasileira e na norte-americana.