Em 1865, Victor Hugo, ao escrever o prefácio da tradução para o francês de Shakespeare, feita pelo seu filho, afirma que “when you offer a translation to a nation, that nation will almost always look on the translation as an act of violence against itself. Burgeois taste tends to resist the universal spirit. ... Who could ever dare think of infusing the substance of another people into its own very life-blood?” (apud Lefevere, A. 1992:18). Tal afirmativa justifica-se porque, para o autor, a língua para a qual é feita a tradução vê-se invadida por elementos da língua do texto original.