Esse artigo analisa como a violência urbana é tratada por profissionais de equipes da Estratégia Saúde da Família da cidade de Fortaleza-CE, problematizando os efeitos da intensificação dos homicídios nos cotidianos desses profissionais. O estudo é fruto de um desdobramento de uma pesquisa-inter(in)venção, sob o método da cartografia, que analisou práticas institucionais em torno da problemática dos homicídios infanto-juvenis em territórios de uma periferia da capital cearense. A discussão foi feita a partir de articulações da Psicologia Social com autores e autoras de áreas afins que seguem caminhos semelhantes no trato das juventudes e das expressões da violência. Os dados foram produzidos por observações no cotidiano, conversas no território, grupos de discussões e entrevistas. A seção de resultados e discussão aborda: o desafio de compreender o fenômeno da violência como lócus de ação-reflexão-ação, demandando práticas comunitárias e intersetoriais em torno de uma nova agenda no âmbito das políticas públicas de saúde.
This article analyzes how urban violence is treated by professionals from the Family Health Strategy teams in the city of Fortaleza-CE, problematizing the effects of the intensification of homicides in the daily lives of these professionals. The study is the result of an inter(in)vention-research, using the cartography method, which analyzed institutional practices around the issue of juvenile homicides in territories on the outskirts of the capital of Ceará. The discussion was based on the articulation of Social Psychology with authors from related fields who follow similar paths in dealing with youth and the expressions of violence. Data were produced by observations in daily life, conversations in the territory, discussion groups and interviews. The results and discussion section addresses: the challenge of understanding the phenomenon of violence as a locus of action-reflection-action, demanding community and intersectoral practices around a new agenda in the scope of public health policies.