Variação somaclonal é uma variação fenotÃpica de origem genética, ou seja, uma variação cromossômica que se torna herdável
nas gerações seguintes, ou epigenética, que é uma variação transitória devido ao estresse fisiológico que o material sofre, quando
submetido ao cultivo in vitro. Um problema especÃfico envolvendo a variação somaclonal em bananeiras ‘Prata Anã’ foi observado em
Andradas, Minas Gerais, em plantas oriundas de micropropagação. A maior dificuldade na separação dos indivÃduos normais e
variantes é que os caracteres morfológicos, que são inerentes a este tipo de variação, só se tornam evidentes quando a planta está
adulta, o que impossibilita a eliminação dos indivÃduos variantes ainda em viveiro. Com o objetivo de identificar, ainda em viveiro
aqueles indivÃduos variantes somaclonais, técnicas moleculares (RAPD e SSR) e citogenéticas (contagem cromossômica e citometria
de fluxo) foram utilizadas. Cento e três primers RAPD, 11 combinações de dois primers RAPD, e 33 pares de primers SSR foram
utilizados na tentativa de se encontrar marcadores polimórficos capazes de distinguir os indivÃduos normais dos variantes, além de
distinguir bananeiras ‘Prata Anã’ de ‘Prata’. O primer OPW-08 gerou um fragmento polimórfico que distinguiu uma planta variante
de todas as demais, provando que a variação não ocorre de maneira uniforme no genoma dos indivÃduos variantes e que não há um
retorno à cultivar Prata. As análises com marcadores SSR e a contagem cromossômica não possibilitaram a distinção dos indivÃduos
variantes, nem a separação das cultivares Prata e Prata Anã. As análises de citometria de fluxo evidenciaram a grande instabilidade
cromossômica das bananeiras, porém elas não foram eficientes na identificação de variantes somaclonais.
Somaclonal variation is a phenotypical variation of genetic origin, that is, a chromosomal variation that becomes inheritable
in the generations to follow, or of epigenetic origin, in this case being a transitory variation due to the physiological stress suffered
when the material is submitted to in vitro cultivation. A specific problem involving somaclonal variation in ‘Prata Anã’ banana was
observed in Andradas, Minas Gerais, in plants originated from tissue culture. The main difficulty in the distinction between the
normal and variant plants is the fact that the morphological characters that allow the separation of these two types are only visible
and distinguishable when the plants are in their adult phase, which makes it impossible to eliminate the variant seedlings at the
nursery stage. For the early distinction of the variants, molecular (RAPD – Random Amplified Polymorphic DNA and SSR – Simple
Sequence Repeat) and cytogenetic (chromosome counting and flow cytometry) techniques were used. In the attempt to find
polymorphic markers that distinguished the normal plants from the variants as well as the Prata cultivar from the Prata Anã cultivar,
103 RAPD primers, 11 combinations of two RAPD primers, and 33 pairs of SSR primers were used. Primer OPW-08 generated a
polymorphic fragment that distinguished a variant from all of the other plants, proving that the variation does not occur uniformly
in the genome of all variants, and that there is no return to Prata cultivar. Analyses with SSR markers and chromosome counting were
not efficient in separating normal plants from variants or ‘Prata’ from ‘Prata Anã’. Flow cytometry analyses showed an evident
instability in the banana genome in terms of number of chromosomes, however, they were not efficient in identifying the somaclonal
variants.