Impactos sociais dos novos fluxos migratórios e políticas linguísticas no Brasil: o ensino de português como língua de acolhimento (PLAc)

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ISSN: 1519-9029
Editor Chefe: Sebastião de Souza Lemes; Ricardo Ribeiro; José Anderson Santos Cruz
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Impactos sociais dos novos fluxos migratórios e políticas linguísticas no Brasil: o ensino de português como língua de acolhimento (PLAc)

Ano: 2019 | Volume: 23 | Número: 3
Autores: Mariana Bulegon, Laura Fontana Soares
Autor Correspondente: Mariana Bulegon | [email protected]

Palavras-chave: Português como Língua de Acolhimento, Deslocados forçados, Políticas linguísticas, Políticas sociais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste trabalho, consideramos o ensino de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) no Brasil como uma maneira de produzir agenciamento em prol da conquista de direitos aos imigrantes deslocados forçados. Nossa motivação para empreender esta discussão se dá uma vez que o ensino de PLAc é recentemente debatido nas esferas públicas e acadêmicas, consequentemente, são necessárias pesquisas que se somem à temática, à luz das políticas linguísticas que se constroem nas horizontalidades e nas verticalidades, em camadas que se sobrepõem. Para mais, ao longo de nossas pesquisas, nos deparamos com a falta de materiais teóricos e didáticos – para professores e alunos - que tratem do ensino de PLAc sob a perspectiva da reterritorialização e agentividade. Como elaborar um ensino acolhedor, de fato, sem reproduzir modelos que excluem, que separam o aluno imigrante do(a) professor(a) brasileiro(a)? O PLAc se configura como ensino de língua diminuitivo ou aditivo ao passo que é a língua de um novo espaço de vivências para sujeitos migrantes? Tendo em vista o estado da arte das pesquisas e asserções, até o momento, e as propostas sobre o acolhimento em língua portuguesa, buscamos refletir de que forma o PLAc incide sobre as políticas para imigrantes refugiados no Brasil, além de discutirmos as nomenclaturas imigrante e refugiado.



Resumo Inglês:

In this paper, we consider the teaching of Portuguese as a Welcoming Language in Brazil – which is represented by the initial “PLAc” - as a way of producing agency for the conquest of rights to forced immigrants. Our motivation to undertake this discussion is given by the fact that the teaching of PLAc is recently debated in the public and academic spheres, consequently, it is necessary to start new researches to develop this linguistic field, taking into account the discussion about linguistic policies that overlap the horizontalities and verticalities. Moreover, throughout our research, we are faced with the lack of theoretical and didactic materials - for teachers and students - that deal with PLAC teaching from the perspective of reterritorialization and agentivity. How to elaborate welcoming teaching avoiding the reproduction of excluding models that separate the immigrant student from the Brazilian teacher? Does the PLAc constitute a diminutive or additive language teaching while it is the language of new living space for migrant people? In view of the state of the art of the researches and assertions so far proposed, we reflect in what way the PLAc focuses on the policies for refugee immigrants in Brazil, besides discussing the nomenclatures “immigrant” and “refugee”.



Resumo Espanhol:

En este trabajo, consideramos la enseñanza de Portugués como Lengua de Acogimiento (PLAc) en Brasil como un modo de producir agencia en favor de la conquista de derechos iguales a los inmigrantes dislocados forzados. Nuestra motivación para efectuar esta discusión ocurre en razón de que la enseñanza de PLAc ha sido recientemente debatida en las esferas públicas y académicas, consecuentemente, investigaciones que se sumen al tema son necesarias, a la luz de las políticas lingüísticas que se construyen en las horizontalidades y en las verticalidades, en camadas que se sobreponen. Además, a lo largo de nuestras investigaciones, nos hemos deparado con la falta de materiales teóricos y didácticos – para profesores y alumnos – que traten de la enseñanza de PLAc bajo la perspectiva de la reterritorialización y producción de agencia. ¿Cómo elaborar una enseñanza acogedora, de hecho, sin que se reproduzca modelos que excluyen, que separan el alumno inmigrante del(de la) profesor(a) brasileño(a)? ¿El PLAc se configura como enseñanza de lengua adictiva o diminutiva mientras que es la lengua de un nuevo espacio de vivencias para sujetos migrantes? Teniendo en cuenta el estado del arte de las investigaciones y aserciones propuestas hasta este momento sobre el acogimiento en lengua portuguesa, buscamos reflexionar de qué manera el PLAc incide sobre las políticas para inmigrantes refugiados en Brasil, además de discutir las nomenclaturas inmigrante y refugiado.