A importância da leitura na formação de sujeitos privados de liberdade

Ano: 2024 | Volume: 9 | Número: Não se aplica

Autores: E. A. F. Jácome, S. M. A. D. Barbosa

Palavras-chave: direitos humanos, leitura, literatura, formação de leitores, biblioteca.

Resumo Português:

Discutir educação para sujeitos privados de liberdade é um tema polêmico. Porém, oportuniza o surgimento de outros caminhos e possibilidades de mais pesquisas na área. O interesse pela temática surgiu após conhecer o projeto de extensão Clube dos Livres, da Universidade Federal do Norte do Tocantins, desenvolvido na Unidade Penal de Tocantinópolis com privados de liberdade. Este artigo, feito em coautoria com a Orientadora, é um recorte da pesquisa desenvolvida a partir de um estudo de caso do projeto extensionista. Assim, propõe-se identificar os significados atribuídos pelos participantes do projeto às experiências com leituras na prisão, discutir algumas compreensões dos direitos atribuídos a esses sujeitos, dentro e fora da prisão, e como a leitura tem o poder de potencializar a formação de leitores mesmo dentro de um espaço excluidor e pouco favorável para um aprendizado. Buscamos teóricos que discutem literatura e direitos humanos voltados para pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, como é o caso dos detentos, objetivando responder ao seguinte questionamento “Como a leitura, como instrumento de remição de pena, contribui para a formação leitora dos sujeitos que estiveram em situação de privação de liberdade na Unidade Penal de Tocantinópolis? Para isso, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, de cunho interpretativo, dentro da área da Linguística Aplicada (LA), utilizando para esse fim entrevistas semiestruturadas que captaram a percepção dos sujeitos investigados com as experiências vividas e como os processos educativos vivenciados na prisão contribuíram para o convívio em sociedade de forma que eles se sentissem inseridos ou não na sociedade.

Resumo Inglês:

Discussing education for individuals deprived of their freedom is a controversial topic. However, it provides the opportunity for the emergence of other paths and possibilities for further research in the area. The interest in the topic arose after learning about the Clube dos Livres extension project, from the Federal University of Northern Tocantins, developed at the Tocantinópolis Penal Unit with people deprived of liberty. This article, co-authored with the Advisor, is an excerpt from the research developed from a case study of the extension project. Thus, it is proposed to identify the meanings attributed by project participants to experiences with reading in prison, discuss some understandings of the rights attributed to these subjects, inside and outside prison, and how reading has the power to enhance the formation of readers even within an exclusionary space that is unfavorable for learning. We are looking for theorists who discuss literature and human rights aimed at people in situations of extreme vulnerability, as is the case of prisoners, aiming to answer the following question “How does reading, as an instrument of remission of sentence, contribute to the reading formation of subjects who have been in a situation of deprivation of liberty in the Tocantinópolis Penal Unit? To this end, qualitative research was developed, with an interpretative nature, within the area of ​​Applied Linguistics (LA), using for this purpose semi-structured interviews that captured the perception of the subjects investigated with their experiences and how the educational processes experienced in prison contributed to live in society so that they felt included or not in society.

Resumo Espanhol:

Hablar de educación para personas privadas de libertad es un tema controvertido. Sin embargo, brinda la oportunidad para el surgimiento de otros caminos y posibilidades para futuras investigaciones en el área. El interés por el tema surgió después de conocer el proyecto de ampliación del Clube dos Livres, de la Universidad Federal de Tocantins Norte, desarrollado en la Unidad Penal de Tocantinópolis con personas privadas de libertad. Este artículo, en coautoría con el Asesor, es un extracto de la investigación desarrollada a partir de un estudio de caso del proyecto de extensión. Así, se propone identificar los significados atribuidos por los participantes del proyecto a las experiencias de lectura en prisión, discutir algunas interpretaciones sobre los derechos atribuidos a estos sujetos, dentro y fuera de la prisión, y cómo la lectura tiene el poder de mejorar la formación de lectores incluso dentro de prisión. un espacio excluyente y desfavorable para el aprendizaje. Buscamos teóricos que discutan sobre literatura y derechos humanos dirigidos a personas en situación de extrema vulnerabilidad, como es el caso de los presos, pretendiendo responder a la siguiente pregunta “¿Cómo contribuye la lectura, como instrumento de remisión de la pena, a la lectura? formación de sujetos que han estado en situación de privación de libertad en la Unidad Penal de Tocantinópolis? Para ello se desarrolló una investigación cualitativa, de carácter interpretativo, dentro del área de Lingüística Aplicada (LA), utilizando para ello entrevistas semiestructuradas que captaron la percepción de los sujetos investigados con sus vivencias y cómo se desarrollan los procesos educativos. Las experiencias vividas en prisión contribuyeron a vivir en sociedad de modo que se sintieran incluidos o no en la sociedad.