A inclusão de crianças deficientes na educação infantil

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Editor Chefe: Profa. Maysa Gomes
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

A inclusão de crianças deficientes na educação infantil

Ano: 2008 | Volume: 5 | Número: 4
Autores: Márcia Moreira Veiga
Autor Correspondente: Márcia Moreira Veiga | [email protected]

Palavras-chave: deficiência, inclusão, educação infantil, educação especial, infância

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo trata-se da inclusão de crianças deficientes na Educação Infantil, analisando os meandros da proposta da educação inclusiva sob a ótica da criança, das famílias e dos educadores. Considera-se deficiente a pessoa que apresenta limitação ou incapacidade para o desempenho de algumas atividades, podendo sua deficiência ser classificada como física, auditiva, visual ou motora. Com a premissa lançada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – Lei 9.394/96 – de que as crianças deficientes devem ser inseridas nas escolas, preferencialmente na rede regular de ensino, desde a Educação Infantil, que corresponde à faixa etária até 6 anos de idade, muitos desafios são lançados às instituições que acolhem essas crianças, sejam creches, pré-escolas ou centros de Educação Infantil. Pretende-se, neste artigo, lançar luz às questões que rondam esses desafios, tentando mostrar dificuldades e alternativas inerentes a essa etapa da educação básica em que o educar e o cuidar estão tão imbricados. Inicialmente, apresenta-se uma discussão mais geral sobre a deficiência e a inclusão dessas pessoas no âmbito escolar. A seguir, busca-se compreender como essa criança está inserida na família e na comunidade, bem como as especificidades dessa situação. Finalmente, faz-se uma reflexão sobre as modificações que devem ocorrer nas instituições de Educação Infantil para incluí-la de fato, atendendo a suas necessidades educacionais e especificidades. Conclui-se que, a despeito de todas as dificuldades advindas do processo de ensino e aprendizagem voltados para essa criança, não se deve perder de vista as vantagens que essa experiência acarreta tanto para o desenvolvimento e aprendizagem da própria criança quanto para o crescimento pessoal e profissional daqueles que convivem com ela, aprendendo a lidar com as diferenças.

Resumo Inglês:

This article deals with the integration of disabled children in Primary Education by analyzing the aspects surrounding the proposal of an inclusive education under children’s, families’ and educators’ perspective. It is considered to be deficient that person who is either limited or incapable to perform some activities, and such deficiency can be classified as being physical, hearing, visual or motor-related. With the requirement by the Law on Education Guidelines and Bases (LDBEN) – Law number 9.394/96 – which established that deficient children must be included in schools, preferably in the regular teaching network, from Primary Education, which consists of the first years of formal education for children up to 6 years old, a number of challenges have been imposed to the institutions that receive those children, being them crèches, preschools or Primary Education centers. This article is intended to shed some light to the issues underlying these challenges, in an attempt to present difficulties and alternatives inherent to this stage of basic education, in which teaching and taking care are so inextricably mixed. Initially, it presents an overall discussion about deficiency and inclusion of disabled children in the school setting. After that, an attempt is made towards understanding not only how deficient children are inserted in their families and communities, but also the specificities of such situation. Finally, a reflection is made on the changes required so that Primary Education institutions are really able to include those children while meeting their special educational needs. It is concluded that, despite all difficulties arisen from the teaching and learning process of such children, one must not neglect the benefits that this experience brings both for the development and the learning process of children as well as for the personal and professional growth of those who relate to them on a daily basis, therefore learning how to handle differences.

Resumo Francês:

L’article traite de l’inclusion des enfants handicapés au sein de l’Education Infantile. On fait ici l’analyse des propositions de l’éducation inclusive du point de vue de l’enfant, de la famille et de celui des éducateurs. On considère comme handicapé tout sujet présentant des limitations ou des incapacités au niveau de la performance de certaines activités, le handicape pouvant être de nature physique, auditive, visuelle ou encore motrice. A partir des prémisses posées par la « Lei de Diretrizes e Bases da Educaçao Nacional» (LDBEN), loi 9.394/96, selon lesquelles les enfants handicapés doivent être insérés dans les écoles – surtout dans le réseau régulier de l’enseignement, de la maternelle jusqu’au cours préparatoire – plusieurs défis ont été lancés aux institutions qui accueillent ces enfants, qu’il s’agisse des écoles maternelles ou d’autres centres d’éducation infantile. L’article essaie de jeter des lumières sur les questions qui entourent ce défi, en essayant de montrer les difficultés et les potentialités inhérentes à cette phase de l’éducation où soigner et éduquer se confondent. L’article présente tout d’abord une discussion générale sur le handicape et sur l’inclusion des sujets handicapés dans le milieu scolaire. On cherche ensuite à comprendre le mode d’insertion de l’enfant dans la famille et dans la communauté tout comme les particularités de chaque situation. Finalement, on présente une réflexion sur les changements qui devraient avoir lieu au sein de l’institution d’éducation infantile pour que l’inclusion de l’enfant soit effective – une inclusion qui réponde aux besoins éducationnels et aux particularités de chaque enfant. En considérant toutes les difficultés inhérentes au processus d’enseignement et d’apprentissage de l’enfant handicapé on conclut qu’il n’est pas souhaitable de perdre de vue les avantages que cette expérience entraîne au niveau du développement personnel et professionnel de tous ceux qui s’occupent de l’enfant, en apprenant à savoir y faire avec les différences.