A migração de indígenas para os núcleos urbanos tem sido em razão da invasão de seus territórios, mas também tem sido motivada pelo acesso às políticas públicas na área da saúde, da educação e por subsistência material, mesmo que essa migração seja temporária. Uma vez na cidade, as famílias indígenas matriculam os seus filhos em escolas públicas que, em sua grande maioria, não possuem currículos e práticas pedagógicas diferenciadas e especificas que possam atendê-los com dignidade. Este texto tem como propósito refletir sobre a presença de crianças e jovens indígenas, de diferentes etnias, nas escolas públicas do ensino infantil e fundamental da rede municipal de ensino da cidade de Marabá, no sudeste paraense, procurando compreender porque esses sujeitos migram para a cidade para estudar. Além das fontes bibliográficas, foram importantes as informações de alguns documentos, como relatórios, fichas e relações de alunos indígenas matriculados em escolas urbanas, bem como as fontes orais possibilitadas por meio da metodologia da história oral. Embora enfrentando o preconceito e a discriminação no ambiente urbano, algumas famílias indígenas migram para a cidade para colocar os seus filhos para estudar porque querem que eles adquiram conhecimentos que possam ser essenciais na defesa de seus direitos e de seus territórios.
The migration of indigenous people to urban areas has been due to the invasion of their territories, but it has also been motivated by access to public policies in the areas of health, education and material subsistence, even if this migration is temporary. Once in the city, indigenous families enroll their children in public schools, which, for the most part, do not have specific and differentiated curricula and pedagogical practices that can serve them with dignity. This text aims to reflect on the presence of indigenous children and young people, of different ethnicities, in public schools of early childhood and elementary education in the municipal education network of the city of Marabá, in southeastern Pará, seeking to understand why these individuals migrate to the city to study. In addition to the bibliographic sources, information from some documents was important, such as reports, records and lists of indigenous students enrolled in urban schools, as well as oral sources made possible through the oral history methodology. Despite facing prejudice and discrimination in the urban environment, some indigenous families migrate to the city to send their children to school because they want them to acquire knowledge that can be essential in defending their rights and their territories.
La migración de pueblos indígenas a los centros urbanos ha sido por la invasión de sus territorios, pero también ha sido motivada por el acceso a políticas públicas en las áreas de salud, educación y subsistencia material, aunque esta migración sea temporal. Una vez en la ciudad, las familias indígenas matriculan a sus hijos en escuelas públicas que, en su mayoría, no cuentan con currículos y prácticas pedagógicas diferenciadas y específicas que puedan atenderlos dignamente. Este texto pretende reflexionar sobre la presencia de niños y jóvenes indígenas, de diferentes etnias, en las escuelas públicas de educación infantil y fundamental de la red municipal de educación de la ciudad de Marabá, sureste de Pará, buscando comprender por qué estos individuos migran a la ciudad para estudiar. Además de las fuentes bibliográficas, fue importante la información de algunos documentos, como informes, actas y listados de estudiantes indígenas matriculados en escuelas urbanas, así como fuentes orales posibilitadas a través de la metodología de la historia oral. A pesar de enfrentar prejuicios y discriminación en el entorno urbano, algunas familias indígenas migran a la ciudad para enviar a sus hijos a estudiar porque quieren que adquieran conocimientos que podrían ser esenciales para la defensa de sus derechos y sus territorios.