Indignação, amor e esperança em Paulo Freire

Revista Docência do Ensino Superior

Endereço:
Avenida Presidente Antônio Carlos, 6627, Prédio da Biblioteca Central, 1º Andar (entrada lateral) - Campus Pampulha
Belo Horizonte / MG
31270901
Site: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/index
Telefone: (31) 3409-6451
ISSN: 22375864
Editor Chefe: Zulmira Medeiros
Início Publicação: 30/09/2011
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Indignação, amor e esperança em Paulo Freire

Ano: 2021 | Volume: 11 | Número: Não se aplica
Autores: Cirlene Cristina de Sousa; Francisco André Silva Martins.
Autor Correspondente: Cirlene Cristina de Sousa | cirlene.sousa@uemg.br

Palavras-chave: Educação, indignação, amor, esperança.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho se materializa na forma de ensaio e tem como foco discutir questões relacionadas ao contexto brasileiro de ataque à educação e à ciência. Para refletir sobre tais questões, dialogamos com Paulo Freire, um dos grandes nomes da educação libertadora e humanizadora no Brasil. O objetivo central do texto é apresentar campos de possibilidades para uma prática educativa biófila (aquela que ama gente) diante de um contexto político necrófilo (o qual incita ódio a muitas gentes). Em termos metodológicos, apresenta-se a tríade “amor-indignação-esperança” como ferramenta freiriana para a produção de uma luta educativa biófila em oposição às práticas desumanizadoras do Estado brasileiro. Dentre a vasta produção de Paulo Freire, quatro obras serão centrais no debate proposto ao longo deste artigo, a saber: “Pedagogia dos Sonhos Possíveis”, “Pedagogia do Oprimido”, “Pedagogia da Indignação” e “Pedagogia da Esperança”. Ao final, aponta-se que sem amor, sem indignação e sem esperança, a luta enfraquece, porém, com Paulo Freire, a luta se enche de beleza e coragem.



Resumo Inglês:

This work is presented in the form of an essay and is focused on issues related to the Brazilian context of attack on education and science. To reflect on these issues, we dialogue with Paulo Freire, one of the greatest names in liberating and humanizing education in Brazil. The core aim of the text is to present an array of possibilities for an educational biophile practice (one who loves people) in the face of a necrophilic political context (which incites hatred towards a lot of people). In methodological terms, a triad “love-indignation-hope” is presented as a Freirian tool for the production of a biophilic educational struggle against the dehumanizing practices of the Brazilian State. Amongst Paulo Freire's vast production, four works will be central to the debate proposed throughout this article, as follows: “Daring to Dream”, “Pedagogy of the Oppressed”, “Pedagogy of Indignation” and “Pedagogy of Hope”. Inthe end, it is pointed out that without love, without indignation, and without hope, the fight weakens, however, with Paulo Freire, the struggle is filled with beauty and courage.



Resumo Espanhol:

El presente ensayo direcciona su enfoque a los temas emergentes del contexto de ataque a la educación y a la ciencia en el Brasil actual. Para arrojar luz sobre ellos, proponemos el diálogo con Paulo Freire, uno de los grandes maestros de la educación libertadora y humanizadora en el país. Por lo tanto, el objetivo principal del texto es presentar campos posibles para el establecimiento de un biófilo educativo (el que ama a las personas), en contra al contexto político necrófilo (el que incita al odio hacia a ellas). Nuestra metodología se sienta en la tríada “amor-indignación-esperanza”, herramienta freiriana en favor de una lucha educativa biofílica como reveladora de las prácticas deshumanizantes del Estado brasileño. Entre la vasta obra del escritor, nos centramos en cuatro de ellas para elucidar nuestros debates a lo largo del artículo. A saber: “Pedagogía de los sueños posibles’, “Pedagogía del oprimido’, “Pedagogía de la indignación” y “Pedagogía de la esperanza”. Por fin, se señala que, si de un lado, sin amor, sin indignación y sin esperanza la lucha se afloja, por otro, con Paulo Freire, ella se llena de belleza y coraje.