Neste estudo, o olhar da pesquisadora recaiu sobre a docência de Língua Inglesa no Ensino Fundamental, com o objetivo de avaliar, comparativamente, em que medida essa docência se constitui, efetivamente, em escolas da rede pública e da rede particular, na instrumentação necessária para assegurar igualdade de condições de cidadania e de competitividade no mercado de trabalho. Foi também intenção do trabalho estabelecer relações entre família e situação socioeconômica, por um lado, e fracasso ou sucesso escolar, por outro, tendo como foco o ensino e a aprendizagem de língua inglesa. Embasada teoricamente no pensamento de Pierre Bourdieu e de Basil Bernstein, e inspirada nas pesquisas empíricas em Sociologia da Educação comentadas por Jean Claude Forquin, a autora analisou os Parâmetros Curriculares Nacionais e investigou a aplicação de suas recomendações em quatro escolas na cidade do Rio de Janeiro, onde o trabalho de campo envolveu leitura de projetos, planejamentos e programas, interpretação do discurso das equipes pedagógicas e do corpo docente e discente, bem como observação da prática pedagógica. As principais conclusões aproximam as escolas privadas das municipais, sugerindo que a qualidade do ensino de Inglês praticado dentro delas se diferencia não apenas de acordo com a rede a que pertencem, com os recursos de que dispõem ou pela metodologia que adotam, mas principalmente em função de duas outras variáveis: a condição socioeconômica de seus alunos e o comprometimento da equipe pedagógica com a democratização do ensino.