Na última década, em Portugal, assistimos a alterações nas polÃticas curriculares para o ensino básico que têm contribuÃdo para uma certa instabilidade no "terreno de ação" dos professores. Essas alterações ocorreram sobretudo desde o final da década de 1990, com o "Projecto de Gestão FlexÃvel do CurrÃculo" (GFC) e, em 2005/2006, com a medida "Escola a tempo inteiro"2. Do ponto de vista metodológico, sigo os contributos de Doyle e Ponder (1977) e de Correia (1989), sobre estratégias e processos de resistência ativa e passiva adotados por professores perante inovações centralizadas. À luz desses referentes, analiso discursos de professores/as em exercÃcio de gestão e que experienciaram, enquanto tal, aquelas duas inovações. Em sÃntese, é intenção final deste texto situar o debate do lado micro da polÃtica curricular.
In the last decade in Portugal, there have been changes in the curriculum policies for Basic Education that have contributed to some instability in the "field of action" of teachers. These changes were felt mainly in the late 90s with the Project "Flexible Management of Curriculum" (GFC) and in 2005/2006 with the Full-time School measure. From the methodological point of view I have adopted the contributions of Doyle and Ponder (1977) and Correia (1989), concerning the strategies and processes of active and passive resistance shown by teachers towards central innovations. This is the base for my analysis of the speeches made by teachers who are directly involved in the daily governance of schools and have also experienced the two mentioned innovations. In short, the final intention of this text is to situate the debate on the micro side of the curriculum policies.