O artigo demarca problemas concretos que ocorreram na Operação Lava Jato durante a realização da interceptação telefônica. Denuncia o obscurantismo inquisitório que norteia a produção da prova, a estratégia de selecionar diálogos que corroboram a hipótese em investigação e o vazamento indevido de conversas para a imprensa. O texto defende a processualização dos dados interceptados como forma de superação da mentalidade inquisitorial e como condição para a afirmação das garantias constitucionais da presunção de inocência e da intimidade.