O processo de internacionalização do Ensino Superior tem sido pauta nas discussões nas agências internacionais, exercendo grande influência nas políticas educacionais nos países, principalmente, em desenvolvimento. Nesse viés, o Ministério da Educação lança o Programa Idiomas sem Fronteiras que, juntamente com a adesão das Instituições de Ensino Superior (IES), promovem ações para incrementar a internacionalização das IES no Brasil, colocando-o na lista dos países alinhados com as políticas educacionais propostas por tais agências. Este trabalho tem por objetivo apresentar os desafios e as transformações ocorridas desde a implementação até o término do programa em duas IES públicas estaduais do Paraná, as Universidades Estaduais de Londrina e de Maringá. Para tanto, as análises são baseadas no aporte teórico do ciclo de políticas de Ball (2017) e no processo de implementações dessas políticas proposto por Adams (2014) e Hudzik (2011). Os dados apresentados neste trabalho são de cunho documental. Os resultados sugerem que o processo de internacionalização proposto pelo programa não só fomentou uma nova cultura nas universidades por meio da apropriação de novos conhecimentos, mas também promoveu a conscientização do papel das línguas estrangeiras no processo da internacionalização. Este ganho se estende à pesquisa acadêmica, que obteve novo redimensionamento no alcance das universidades globalmente.