A educação é uma relação dialógica. Se é possÃvel ao homem auto-instruir, não é, de outra forma, possÃvel a ele auto-educar, pois a educação pressupõe uma alteridade que apresente o mundo da cultura historicamente produzida para o outro. À medida que a educação é relação intersubjetiva, o olhar presente nessas subjetividades se encontra na arena do mundo. Isso demarcado, constitui-se em nosso objetivo demarcar uma fenomenologia do olhar a partir do referencial teórico da filosofia existencial de Sartre, com a finalidade de constituÃ-la como ferramenta na nossa apreciação da educação como um momento privilegiado em que olhares emergem no cotidiano das experiências educativas. A partir da premissa de que olhar é apreender o outro, queremos potencializar a educação como um momento em que olhares se entrecruzam, conflitos aparecem, subjetividades são produzidas, consciências se formam, enfim, pessoas - educadores e educados – vivenciam, num horizonte de infinitos olhares, a experiência existencial do olhar e educar.