Este texto se propõe a examinar a invenção da esquizoanálise, de Gilles Deleuze e Félix Guattari e algumas contribuições para a Educação. Para tal discute os conceitos de máquinas desejantes e de Corpo Sem órgãos, presentes no livro O Anti Édipo. O conceito de máquina é usado para evidenciar o maquínico e não se refere ao não humano, tecnológico, mas à produção, às engrenagens que sustentam a realidade. As máquinas desejantes se associam ao conceito de Corpo Sem Órgãos, corporeidade que não pertence a um sujeito, mas sim é atravessada por uma vitalidade intensiva e conectiva. Esse pensamento sustenta a complexidade e a processualidade da realidade se deslocando do domínio da representação para o domínio da experimentação. Altera ainda a forma de abordar a subjetividade, não em sua interioridade, mas a partir das relações que são estabelecidas e seus efeitos. Ao final do artigo, é desenvolvida uma discussão a respeito da Educação e de como a esquizoanálise pode ser uma maneira de pensar a invenção e a resistência em diferentes processos de aprendizagem.
This text proposes to examine the invention of schizoanalysis, by Gilles Deleuze and Felix Guattari and some contributions to Education. To this end, discusses the concepts of desiring machines and Body Without Organs, present in the book The Anti Oedipus. The concept of machine is used to evidence the machinery and does not refer to the non-human, technological, but to the production, to the gears that sustain reality. Desiring machines are associated with the concept of Body without Organs, corporeality that does not belong to a subject, but is crossed by an intensive and connective vitality. This thought sustains the complexity and processuality of reality moving from the domain of representation to the domain of experimentation. It also changes the way of approaching subjectivity, not in its interiority, but from the relationships that are established and their effects. At the end of the article, a discussion is developed regarding Education and how schizoanalysis can be a way of thinking about invention and resistance in different learning processes.
Este texto propone examinar la invención del esquizoanálisis, de Gilles Deleuze y Félix Guattari y algunas contribuciones a la educación. Para esto, discute los conceptos de máquinas deseosas y Cuerpo sin Órganos, presentes en el libro El Anti Edipo. El concepto de máquina se utiliza para evidenciar la maquinaria y no se refiere a lo no humano, tecnológico, sino a la producción, a los engranajes que sostienen la realidad. Las máquinas deseadoras están asociadas al concepto de Cuerpo sin Órganos, una corporalidad que no pertenece a un sujeto, sino que está atravesada por una vitalidad intensiva y conectiva. Este pensamiento sostiene la complejidad y procesualidad de la realidad al pasar del dominio de la representación al dominio de la experimentación. Cambia aun la forma de abordar la subjetividad, no en su interioridad, sino desde las relaciones que se establecen y sus efectos. Al final del artículo se desarrolla una discusión sobre la Educación y cómo el esquizoanálisis puede ser una forma de pensar la invención y la resistencia en diferentes procesos de aprendizaje.