Este artigo se propõe, a partir de uma abordagem materialista-dialética, a analisar as condições históricas que possibilitaram o desenvolvimento dos pressupostos liberais no contexto da modernidade e discuti-los enquanto ideologia, que se tornou a hegemônica defensora da primazia dos direitos naturais do homem burguês moderno, considerando-se, principalmente, os enunciados teóricos de John Locke (1632-1704). A partir das análises realizadas, percebe-se que, em última instância, este legado teórico tem como cerne a defesa dos direitos naturais, essencialmente, da liberdade, da igualdade e, da propriedade. Busca-se, então problematizar as implicações desse pensamento para educação no bojo das transformações históricas, já que, ao homem burguês moderno caberia uma educação voltada para coordenar a nova sociedade capitalista que se forjava, qual seria então aquela destinada ao trabalhador livre assalariado, nascente juntamente com a burguesia em ascensão?
Based on a dialectical materialistic approach, this study aimed at assessing the historical conditions that enable the development of liberal assumptions in the contexto of modernity, in addition to discussing them as ideology, which has become the hegemonic defender of the natural rights primacy of the modern burgeois man, mainly considering, the theoretical statements by John Locke (1632-1704). The analysis carried out showed that, in the last instance, this theoretical legacy is based on the defense of ‘natural rights’, essentially, of freedom, equality, and property. Therefore, rendering problematic on the implications of this thought for education is searched, in the bosom of the historical transformations, since for the modern burgeois man it would fit an education focused on coordinating the new capitalist society that was forged. Would that be an education that appeared together with the rising bourgeoisie intended for the free working man?
Este artículo se propone, a partir de un abordaje materialista-dialéctico, analizar las condiciones históricas que posibilitaron el desarrollo de las premisas liberales en el contexto de la modernidad y discutirlas en cuanto ideología, la cual se volvió la hegemónica defensora de la primacía de los derechos naturales del hombre burgués moderno, considerándose, principalmente, los enunciados teóricos de John Locke (1632-1704). A partir de los análisis realizados, se percibe que, en última instancia, este legado teórico tiene como principal núcleo la defensa de los derechos naturales, esencialmente, de la libertad, igualdad y propiedad. Se busca, por tanto, problematizar las implicaciones de este pensamiento para la educación en el trasfondo de las transformaciones históricas, puesto que al hombre burgués moderno le cabría una educación dirigida para coordinar la nueva sociedad capitalista que se forjaba, ¿cuál sería entonces aquella destinada al trabajador libre asalariado, naciente juntamente con la burguesía en ascensión?