Nesse ensaio, o autor, pretende contribuir para dirimir a confusão que, comumente é feita, entre a Justiça e a Lei. Partindo da análise de determinados fatos que fazem parte da nossa conjuntura social e política contemporânea, tanto nacional como internacional, é perscrutado o objetivo do artigo, que se enriquece ainda a partir do auxílio de filósofos – sobretudo Platão, Kant e Hegel – e psicanalistas – S. Freud e J. Lacan – que deram contribuições significativas para a compreensão tanto da justiça como da lei. Desse modo, defende que nem tudo que é legal é justo. Estabelece as relações entre justiça e ética e reafirma a ideia de Freud segundo a qual somente as reações psíquicas de ordem ética podem salvar a humanidade. Conclui de forma otimista com a alusão ao Hino à Paz, de Hölderlin, no que ele remete à consideração pela importância da escuta da alteridade para a promoção da eticidade.
In this essay, the author intends to contribute to clarify the misunderstanding that normally occurs with the meaning of Justice and Law. Starting with the analysis of certain facts which are part of our both national and international social conjuncture and contemporary politics, the aim of the essay is explored and enriched even more with the help of philosophers - especially from Platon, Kant and Hegel – and psychoanalysts - S. Freud e J. Lacan - whom provided significant contribution to understand the difference between Justice and Law.
Therefore the author advocates that not everything that is legal is fair. The author also establishes the relation between justice and ethics and confirms Freud`s idea which states that only the psychic reactions related to ethics can salve humanity. The conclusion is optimistic and alludes the Hölderlin`s Anthem to Peace because it highlights the importance of taking into consideration the diversity in order to promote ethicality.