Uma das idéias mais difundidas do escritor italiano Luigi Pirandello (1867-1936), Prêmio Nobel de Literatura em 1934, é que o homem enquanto se ilude de ser uno, se dá conta que os outros têm dele uma visão diferente e então ele acaba sentindo-se centomila; além disso, para poder assumir um papel na sociedade na qual vive, deve esconder-se sob uma máscara, que oculta o seu verdadeiro eu, sentindo-se nessuno. É do autor de Uno, nessuno, centomila que o crítico Alfredo Barbina tira uma das máscaras, revelando-nos que Pirandello, além de dramaturgo, poeta, romancista, ensaísta, é também tradutor.