Vários autores ao longo das últimas décadas consolidaram uma forte "crítica democrática" do marxismo. Neste artigo vamos nos concentrar nos trabalhos de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, de um lado, e Axel Honneth, de outro, que questionam o marxismo a partir de perspectivas que buscam reconstruir a reorganização das relações sociais que emergem com a modernidade, a "revolução democrática" e o direito moderno. Nosso objetivo é mostrar que a teoria da derivação estatal de Antoine Artous permite reformular, em termos marxistas, a contradição entre capitalismo e democracia. Isso, ao mesmo tempo, reconstruiria os processos de extensão dos direitos na modernidade e abriria um projeto anticapitalista não totalizante, diferente do que chamaremos de "concepção orgânica" da emancipação. Como nosso trabalho é principalmente teórico, nossa metodologia será a interpretação de textos e o confronto de hipóteses de leitura.
Various authors through the last decades consolidated a strong "democratic critique" of Marxism. In this paper we will focus on the works of Ernesto Laclau and Chantal Mouffe, on one hand, and Axel Honneth, on the other, who question Marxism from perspectives that seek to reconstruct the reorganization of social relations that emerge with modernity, the "democratic revolution" and modern law. Our objective is to show that the State derivation theory of Antoine Artous allows reformulating in Marxist terms the contradiction between capitalism and democracy. This would, at the same time, reconstruct the processes of extending rights in modernity and open a non-totalizing anti-capitalist project different from what we will call the "organic conception" of emancipation. Since our work is mainly theoretical, our methodology will be the interpretation of texts and the confrontation of reading hypotheses.
Diversos autores en las últimas décadas consolidaron una fuerte “crítica democrática” al marxismo. En este trabajo nos concentraremos en las obras de Ernesto Laclau y Chantal Mouffe, por un lado, y Axel Honneth, por el otro, quienes cuestionan al marxismo desde perspectivas que pretenden reconstruir la reorganización de las relaciones sociales que emerge con la modernidad. Nuestro objetivo es mostrar que la concepción del Estado de Antoine Artous permite reformular en términos marxistas la contradicción entre capitalismo y democracia de un modo que habilita, a la vez, reconstruir los procesos de ampliación de derechos en la modernidad y abrir un proyecto anticapitalista no-totalizante, desvinculado de lo que llamaremos “concepción orgánica” de la emancipación. La metodología de trabajo para esto, tratándose de un texto teórico, es la exégesis de textos y la confrontación de hipótesis de lectura.