Este artigo analisa a internacionalização da educação na Argentina no nível secundário. Para isso, utiliza uma pesquisa qualitativa iniciada em 2018, na qual foram entrevistados agentes educacionais - autoridades e professores - de escolas que a) pertencem à rede International Baccalaureate, que por meio de seu Programa de Diploma credencia diplomas internacionalmente, e b) escolas binacionais, ou seja, instituições que, além de serem argentinas e cumprirem as regulamentações locais, pertencem a um segundo Estado-nação. O objetivo deste artigo é investigar as razões pelas quais as escolas aderem a estas redes. Partimos da hipótese de que as escolas que adotam programas relacionados com a educação internacional o fazem para se validarem - e revalidarem - dentro dos seus circuitos, como escolas “boas” e “exigentes”, ao mesmo tempo que se separam das escolas conhecidas como escolas “para ricos”. Esta distinção permite delimitar fronteiras morais e simbólicas não fora dos seus próprios espectros. A participação nestes programas - que se transformam em circuitos - implica a pertença a um espaço social global que confere competências ou aptidões valorizadas por estes circuitos e por aqueles que ficam de fora.
The article analyzes the internationalization of education in Argentina at the secondary level. For this, it uses qualitative research that began in 2018, in which educational agents – authorities and teachers – were interviewed. We interviewed schooling agents from schools that a) belong to the International Baccalaureate network, which through its Diploma Program accredits degrees internationally, were interviewed. and b) binational schools, that is, institutions that, in addition to being Argentine and complying with local regulations, belong to a second Nation State. The objective of the article is to investigate the reasons why schools integrate these networks. We start from the hypothesis that schools that adopt programs related to international education as we have defined it, do so to validate themselves - and revalidate themselves - within their circuits, as “good” and “demanding” schools. while separating from schools that, although they are for the same audiences in socioeconomic terms, are known as schools “for the rich people”. This distinction makes it possible to delimit moral and symbolic boundaries not outside their own spectrum. Participation in these programs - which become circuits - implies belonging to a global social space that grants competencies or skills valued by these circuits and by those who are left outside of it.
El artículo analiza la internacionalización de la educación en Argentina en el nivel secundario.Se vale de una investigación cualitativa comenzada en el año 2018, en la que se entrevistaron agentes educativos -autoridades y docentes- de escuelas que a) pertenecen a la red del Bachillerato Internacional, que a través de su Programa Diploma acredita títulos internacionalmente y b) escuelas binacionales, es decir instituciones que además de ser argentinas y cumplir con la normativa local, pertenecen a un segundo Estado Nación. El objetivo del artículo consiste en indagar los motivos por los que las escuelas integran estas redes. Se parte de la hipótesis que las escuelas que adoptan los programas relacionados a la educación internacional tal como la hemos definido, lo hacen para validarse -y revalidarse- dentro de sus circuitos, como escuelas “buenas” y “exigentes”, al tiempo que separarse de escuelas que si bien son para los mismos públicos en términos socioeconómicos, se las conoce como escuelas “para ricos”. Esta distinción permite delimitar fronteras morales y simbólicas no ya hacia fuera de sus propios espectros, sino hacia dentro de los mismos. La participación en estos programas -que devienen en circuitos- implican la pertenencia a un espacio social global que otorga competencias o skills valoradas por esos circuitos y por quienes quedan por fuera de él.