Inserido no âmbito da História Cultural, o artigo tem por objetivo discutir representações, práticas e resistências produzidas em torno do método fônico e do método global de alfabetização. A pesquisa retoma memórias de alfabetizadoras e conteúdos em circulação entre as décadas de 1970 e 1980 — período em que Minas Gerais implanta o Projeto Alfa e propõe o método fônico para alfabetizar. Foi utilizada a história oral para reconstituir a memória coletiva, captar discursos, prescrições e práticas que colocaram metodologias de alfabetização em oposição. Foi constatado que o método global era considerado o mais adequado, mas, na década de 1970, as professoras adotam o método fônico — adoção que se processa em meio a resistências e forte oposição no Grupo Escolar Gonçalves Chaves.
Inserted under the Cultural History this article aims to discuss representations, practices and resistances produced around the phonic method and the global literacy method. This work rescues memories of literacy teachers and teaching content between the 70s and 80s, a period in which Minas Gerais implements the Alpha Project and proposes the phonic method to teach students how to read and write. Oral history was used to reconstruct the collective memory, capture speeches, prescriptions and practices that opposed literacy methodologies. It was verified that the global method was considered the most appropriate, but in the 1970s, the teachers adopted the phonic method — adoption that takes place amid resistances and strong opposition in Grupo Escolar Gonçalves Chaves.