O presente artigo inscreve uma leitura sobre o mal-estar na política contemporânea. No campo do discurso psicanalítico, seguindo a trilha deixada por Freud, ao iniciar a investigação da dimensão psíquica da política, Jacques Lacan propôs uma lógica interna ao pensamento psicanalítico, que abriu uma via à política do desejo – causada pela Lei do Desejo. Como dimensão irredutível dos seres falantes, o mal-estar implica pensarmos a outra cena, isto é, a do inconsciente que opera como dimensão simbólica do humano. Ao interrogarmos o discurso moderno em torno do Estado de serviços de bens, a psicanálise revela a ilusão que representa o direito à felicidade como um fator universal, operando a obliteração do sujeito do desejo
This article addresses an interpretation of discontents in contemporary politics. In the field of the psychoanalytic discourse, and following Freud’s path, Jacques Lacan posited, as he begun to investigate the psychic dimension in politics, an internal logic of psychoanalytic thinking that opened a road for thinking the politics of desire. As an irreducible dimension of speaking beings, the discontents impliesour treating the other scene, i.é., that of the unconsciousness operatingas symbolic dimension of the human. As we question the modern discourse on the State of goods services, psychoanalysis unveils the illusion of the right to happiness as a political factor operating the obliteration of the subjects of desire.
El presente artículo inscribe una lectura sobre el malestar en la política contemporánea. En el campo del discurso psicoanalítico, Jacques Lacan propusouna lógica interna al pensamiento psicoanalítico que abrió una manera de pensar enla política del deseo, tomando el caminho dejado por Freud como base de la investigación psíquica. Como una dimensión irreductible de los seres hablantes, el malestar conlleva a tratar otra escena, o sea, ladel inconsciente que opera como dimensión simbólica delo humano. Cuando interrogamos al discurso moderno sobre el Estado de los bienes, el psicoanálisis revela la ilusión que representa el derecho a la felicidad como un factor político,que opera la eliminación del sujeto del deseo.