O presente trabalho tem o objetivo de analisar a atividade literária Drag Queen Story Hour (DQSH) e suas potencialidades. Iniciada na cidade de São Francisco (Califórnia, EUA), no ano de 2015, a ação vem permeando fronteiras e se vendo diante de diferentes enfrentamentos ao movimento neoconservador. Sendo assim, também nos interessa examinar os investimentos do movimento neoconservador e seu projeto moral neoliberal, que, aliado ao pânico moral e fi cções, como os valores tradicionais de família, deseja silenciar, invisibilizar e estigmatizar sujeitos e processos de vida que coloquem as falácias neoliberais sob suspeita e desnudam os processos de subalternização das diferenças segundo os interesses da onda neoconservadora, promovendo um ambiente crítico à ressignifi cação de saberes, práticas, valores e, consequentemente, aos processos de educação. Como perspectiva teórico-metodológica, buscamos aporte em contribuições de perspectivas pós-modernas, como os estudos foucaultianos e os estudos de gênero e sexualidade, refletindo acerca do caráter produtivo da linguagem, assim como suas possibilidades de (re)existência e subversão. Assim, defendemos que produzir uma pedagogia outra envolve reconhecer a pluralidade e particularidade de nossa sociedade e seus indivíduos, bem como permitir que cada pessoa possa falar, ser ouvida e construir sua própria história.
This paper aims to analyze a literary acƟ vity called Drag Queen Story Hour (DQSH) and its potenƟ aliƟ es. The acƟ on, which was iniƟ ated in San Francisco (California – USA) in 2015, has been permeaƟ ng borders and facing diff erent confrontaƟ ons from the neoconservaƟ ve movement. Consequently, it is also our interest to examine the investments of the neoconservaƟ ve movement and its neoliberal moral project that, allied to the moral panic and fi cƟ ons such as the tradiƟ onal family values, desires to silence, make invisible, and sƟ gmaƟ ze subjects and life processes that put under suspicion neoliberal fallacies, and reveal the subalternizaƟ on processes of the diff erence according to the interests of the neoconservaƟ ve wave, promoƟ ng a criƟ cal environment to resignifi caƟ ons of knowledge, pracƟ ces, values and, consequently, to educaƟ on processes. From theoreƟ cal and methodological perspecƟ ves we seek support in contribuƟ ons from postmodern perspecƟ ves such as Foucault studies and Gender and Sexuality studies, considering the producƟ ve character of language in addiƟ on to its possibiliƟ es of (re)existence and subversion. Therefore, we defend that, producing another pedagogy involves recognizing the plurality and parƟ cularity of our society and its individuals, as well as permiƫ ng that each person be able to speak, to be heard, and to write their own story.
El presente trabajo Ɵ ene como objeƟ vo analizar la acƟ vidad literaria Drag Queen Story Hour (DQHS) y sus potencialidades. Iniciada en la ciudad de San Francisco (California – EUA), en 2015, la acción ha ido traspasando fronteras y afrontando disƟ ntos enfrentamientos con el movimiento neoconservador. Por lo tanto, también nos interesa examinar las inversiones del movimiento neoconservador y su proyecto moral neoliberal, que, combinado con el pánico moral y las fi cciones, como los valores tradicionales de la familia, quiere silenciar, invisibilizar y esƟ gmaƟ zar a los sujetos y procesos de vida que sitúan las falacias neoliberales bajo sospecha y exponen los procesos de subalternización de las diferencias según los intereses de la corriente neoconservadora, promoviendo un ambiente críƟ co para la resignifi cación de los saberes, las prácƟ cas, los valores y, en consecuencia, los procesos de educación. Como perspecƟ va teórico-metodológica, buscamos aporte desde perspecƟ vas posmodernas, como los estudios foucaulƟ anos y los estudios de género y sexualidad, refl exionando sobre el carácter producƟ vo del lenguaje así como sus posibilidades de (re)existencia y subversión. Así, defendemos que producir otra pedagogía implica reconocer la pluralidad y parƟ cularidad de nuestra sociedad y sus individuos, así como permiƟ r que cada uno hable, se escuche y construya su propia historia.