A MEDICALIZAÇÃO NA ESCOLA A PARTIR DA PERSPECTIVA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO NA REGIÃO DE SOROCABA-SP

Revista Ibero-America de Estudos em Educação

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ISSN: 1982-5587
Editor Chefe: José Luís Bizelli
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A MEDICALIZAÇÃO NA ESCOLA A PARTIR DA PERSPECTIVA DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ESTUDO NA REGIÃO DE SOROCABA-SP

Ano: 2014 | Volume: 9 | Número: 3
Autores: Marcos Roberto Vieira GARCIA Lenna Nascimento BORGES Patrícia de Paulo ANTONELI
Autor Correspondente: Marcos Roberto Vieira GARCIA | [email protected]

Palavras-chave: Medicalização. Disciplinarização. Normalidade. Educação infantil.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo parte de considerações teóricas sobre o processo de medicalização da vida, em sua interface com a instituição escola e apresenta pesquisa qualitativa feita na região de Sorocaba-SP. A pesquisa envolveu a análise de entrevistas semiestruturadas com seis professoras de Educação infantil, com o objetivo de investigar seus discursos acerca do processo de medicalização na escola. Os resultados mostraram a percepção por parte dessas professoras da intensificação desse processo nas escolas onde trabalham e ao mesmo tempo um predomínio de apoio explícito ou implícito a ele, sendo a medicalização vista predominantemente sob um viés positivado. Eventuais problemas, como o excesso de diagnósticos ou possíveis efeitos colaterais de medicações, são apontados como fruto de diagnósticos e prescrições errados, e não como consequência do processo de medicalização em si. As famílias que resistem ao processo foram apresentadas de forma negativada, como superprotetoras ou negligentes em relação ao cuidado adequado de seus filhos. Não apareceram críticas à possível incapacidade da escola em lidar com crianças que fogem ao modelo de aluno ideal, o que mostra o processo de medicalização atrelado a um processo de disciplinarização na escola, por meio da atribuição de anormalidade aos alunos dissidentes em relação ao que é esperado.