O artigo apresenta os resultados da pesquisa sobre os processos psíquicos mobilizados na conformação da racionalidade neoliberal, tendo como referenciais teóricos, tanto as contribuições recentes do campo da filosofia política, que reconhecem uma racionalidade típica ao neoliberalismo, como a reflexão conduzida pela psicanálise, em torno do processo de identificação e de sua relevância para o entendimento da sujeição social. Com base nessas referências, o artigo coloca a seguinte pergunta: Por que as reformas neoliberais antipopulares? Por que aderimos à ruína, ao desastre? A fim de construir uma resposta possível, o artigo avança no sentido de localizar, na racionalidade neoliberal, uma metafísica da liberdade e o afeto da melancolização.
The article presents the results of the research on the psychic processes mobilized in the conformation of neoliberal rationality, having as theoretical references, both the recent contributions from the field of political philosophy, which recognize a typical rationality to neoliberalism, as well as the reflection conducted by psychoanalysis, around of the identification process and its relevance to the understanding of social subjection. Based on these references, the article poses the following question: Why anti-popular neoliberal reforms? Why do we join the ruin, the disaster? To build a possible answer, the article advances towards locating, in neoliberal rationality, a metaphysics of freedom and the affect of melancholy.
El artículo presenta los resultados de la investigación sobre los procesos psíquicos movilizados en la conformación de la racionalidad neoliberal, teniendo como referentes teóricos, tanto los aportes recientes desde el campo de la filosofía política, que reconocen una racionalidad propia al neoliberalismo, como la reflexión realizada por el psicoanálisis, en torno al proceso de identificación y su relevancia para la comprensión de la sujeción social. A partir de estas referencias, el artículo plantea la siguiente pregunta: ¿Por qué reformas neoliberales antipopulares? ¿Por qué nos unimos a la ruina, al desastre? Para construir una posible respuesta, el artículo avanza en ubicar, en la racionalidad neoliberal, una metafísica de la libertad y el afecto de la melancolía.