A iniciativa pioneira de traduzir para o português a obra-prima de George Eliot suscita, após a reação inicial de satisfação, um segundo movimento de espanto: como é possível que Middlemarch tenha permanecido sem uma versão para o nosso idioma por quase cento e trinta anos? Pois o livro em questão não é apenas a obra mais ambiciosa de um dos maiores nomes da ficção oitocentista em língua inglesa: é também – consideração importantíssima para as editoras, pois, afinal de contas, os livros são produtos a ser lançados no mercado – um romance delicioso.