Movimento Lumpa: aprendizagens étnicas para uma identidade cristã em Zâmbia

Revista Nupem

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ISSN: 2176-7912
Editor Chefe: Frank Antonio Mezzomo
Início Publicação: 31/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Movimento Lumpa: aprendizagens étnicas para uma identidade cristã em Zâmbia

Ano: 2022 | Volume: 14 | Número: 31
Autores: Jefferson Olivatto da Silva
Autor Correspondente: Frank Mezzomo | [email protected]

Palavras-chave: Intercultural, movimento Lumpa, identidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nosso escopo foi investigar o Movimento Lumpa (1954-1964), liderado por Alice Lenshina na Zâmbia, como processos interculturais identitários relativos às aprendizagens de longa duração. Utilizamos a concepção de constelações de aprendizagem, estabelecendo a interface entre a historiografia africana e a Antropologia da Educação e a Psicologia Social Comunitária. Interpretamos o Movimento como outra via social de afirmação identitária ao metabolizar cultos aos antepassados e ritos ancestrais a cargo das mulheres, bem como o combate à feitiçaria para atrair as aflições comunitárias modernas. Concluímos que o Movimento revigorou respostas comunitárias com práticas culturais melhor situadas às demandas locais e se contrapôs aos interesses de políticos, empresários e lideranças cristãs por prestígio e domínio da mão-de-obra. Esses poderes patriarcais fizeram uso da força militar para massacrar os adeptos, aprisionar Alice Lenshina e banir o Movimento de liderança feminina, enquanto era uma possibilidade de afirmação do poder local e independente.



Resumo Inglês:

Our scope was to investigate the Lumpa Movement (1954-1964), led by Alice Lenshina in Zambia, as intercultural identity processes relating to long-term learning. We used the conception of learning constellations, establishing the interface between African historiography and the Anthropology of Education and Community Social Psychology. We read the Movement as other social means of identity affirmation by metabolizing ancestral cults and rites by women, as well as the combat against witchcraft to appeal to modern community afflictions. We conclude that the Movement reinforced community responses with better cultural practices, according to demand, in contrast to political, economic and religious interests for prestige and domination of the labor force. Those patriarchal powers made use of the military force to massacre the followers, to imprison Alice Lenshina and to banish the Movement of female leadership, while it was a possible affirmation of an independent local power.



Resumo Espanhol:

Nuestro objetivo fue investigar el Movimiento Lumpa (1954-1964), liderado por Alice Lenshina en Zambia, como procesos interculturales identitarios relativos a los aprendizajes de larga duración. Utilizamos la concepción de constelaciones de aprendizaje, estableciendo la interfaz entre la historiografía africana y la Antropología de la Educación y la Psicología Social Comunitaria. Interpretamos el Movimiento como otra vía social de afirmación identitaria, al metabolizar cultos a los antepasados y ritos ancestrales a cargo de las mujeres, así como el combate a la brujería para agregar las aflicciones comunitarias modernas. Concluimos que el Movimiento reforzó respuestas comunitarias con prácticas sociales mejor situadas a las demandas, en contraposición a los intereses políticos, económicos y religiosos por prestigio y dominio de la mano de obra. Tales poderes patriarcales hicieron uso de la fuerza militar para masacrar a los adeptos, encarcelar a Alice Lenshina y desterrar el Movimiento de liderazgo femenino, el cual se presentaba como la posibilidad de la afirmación de un poder local e independiente.