Narrativas de licenciandas em matemática cujos corpos fogem dos padrões hegemônicos sobre seus percursos formativos

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ISSN: 19833156
Editor Chefe: Saddo Ag Almouloud
Início Publicação: 04/02/1999
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Matemática, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Narrativas de licenciandas em matemática cujos corpos fogem dos padrões hegemônicos sobre seus percursos formativos

Ano: 2023 | Volume: 25 | Número: 4
Autores: J. M. O. de Luna, A. da C. Esquincalha
Autor Correspondente: J. M. O. de Luna | [email protected]

Palavras-chave: Mulheres na Matemática, Corpos Políticos, Feminismo Negro e Transfeminismo, Formação Docente em Matemática, Entrevista Narrativa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo analisa percursos de jovens mulheres estudantes de licenciatura em matemática sob a perspectiva das epistemologias feministas. A pesquisa fundamenta-se em epistemologias feministas, investigando várias facetas das mulheridades em diferentes contextos. O corpo é examinado através das óticas butlerianas e do transfeminismo, destacando dimensões interseccionais do feminismo negro. O estudo adota uma abordagem qualitativa feminista e utiliza entrevistas narrativas como fonte de dados. Duas licenciandas em matemática auto identificadas como feministas e com corpos políticos dissidentes das normas hegemônicas (uma negra e outra travesti) foram entrevistadas. A análise dos dados inclui a identificação de singularidades nas narrativas das licenciandas e a convergência de temas nas entrevistas. Os resultados indicam que várias mulheridades, enquanto corpos políticos, fomentam uma pedagogia inclusiva pautada na justiça social, questionando a pseudoneutralidade da matemática. Também ressaltam como a visibilidade desses corpos diversos na relação entre professores e alunos enriquece a formação matemática com uma abordagem crítica e envolvente.



Resumo Inglês:

This article analyzes the paths of young women undergraduate mathematics students from the perspective of feminist epistemologies. The research is based on feminist epistemologies, investigating various facets of womanhood in different contexts. The body is examined through Butlerian and transfeminist perspectives, highlighting intersectional dimensions of black feminism. The study adopts a feminist qualitative approach and uses narrative interviews as a data source. Two mathematics graduates self-identified as feminists and with political bodies that dissent from hegemonic norms (one black and the other transvestite) were interviewed. Data analysis includes the identification of singularities in the graduate students' narratives and the convergence of themes in the interviews. The results indicate that several women, as political bodies, promote an inclusive pedagogy based on social justice, questioning the pseudoneutrality of mathematics. They also highlight how the visibility of these diverse bodies in the relationship between teachers and students enriches mathematical training with a critical and engaging approach.



Resumo Espanhol:

Este artículo analiza los caminos de las jóvenes estudiantes de pregrado en matemáticas desde la perspectiva de las epistemologías feministas. La investigación se basa en epistemologías feministas, investigando diversas facetas de la feminidad en diferentes contextos. El cuerpo se examina a través de perspectivas butlerianas y transfeministas, destacando las dimensiones interseccionales del feminismo negro. El estudio adopta un enfoque cualitativo feminista y utiliza entrevistas narrativas como fuente de datos. Fueron entrevistadas dos licenciadas en matemáticas autoidentificadas como feministas y con cuerpos políticos que disienten de las normas hegemónicas (una negra y otra travesti). El análisis de datos incluye la identificación de singularidades en las narrativas de los estudiantes de posgrado y la convergencia de temas en las entrevistas. Los resultados indican que varias mujeres, como cuerpos políticos, promueven una pedagogía inclusiva basada en la justicia social, cuestionando la pseudoneutralidad de las matemáticas. También destacan cómo la visibilidad de estos diversos cuerpos en la relación entre profesores y estudiantes enriquece la formación matemática con un enfoque crítico y participativo.



Resumo Francês:

Cet article analyse les parcours de jeunes étudiantes de premier cycle en mathématiques du point de vue des épistémologies féministes. La recherche s’appuie sur des épistémologies féministes, étudiant diverses facettes de la féminité dans différents contextes. Le corps est examiné à travers des perspectives butlériennes et transféministes, mettant en évidence les dimensions intersectionnelles du féminisme noir. L'étude adopte une approche qualitative féministe et utilise des entretiens narratifs comme source de données. Deux diplômées en mathématiques s'identifiant comme féministes et appartenant à des corps politiques en désaccord avec les normes hégémoniques (l'une noire et l'autre travestie) ont été interviewées. L'analyse des données comprend l'identification des singularités dans les récits des étudiants diplômés et la convergence des thèmes dans les entretiens. Les résultats indiquent que plusieurs femmes, en tant qu’organismes politiques, promeuvent une pédagogie inclusive basée sur la justice sociale, remettant en question la pseudo-neutralité des mathématiques. Ils soulignent également comment la visibilité de ces diverses instances dans la relation entre enseignants et élèves enrichit la formation mathématique par une approche critique et engageante.