A NEUROCIÊNCIA AFETIVA COMO ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA: POR UMA RESSIGNIFICAÇÃO NEUROFILOSÓFICA DO PAPEL DAS EMOÇÕES NA ESTRUTURAÇÃO DO COMPORTAMENTO
Educação E Filosofia
A NEUROCIÊNCIA AFETIVA COMO ORIENTAÇÃO FILOSÓFICA: POR UMA RESSIGNIFICAÇÃO NEUROFILOSÓFICA DO PAPEL DAS EMOÇÕES NA ESTRUTURAÇÃO DO COMPORTAMENTO
Autor Correspondente: Leonardo Ferreira Almada | [email protected]
Palavras-chave: Processos cognitivos, Processos emocionais, Estados neurais, RaciocÃnios morais e comportamento
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Minha intenção, neste artigo, é a de discutir a significação das emoções na
estruturação dos raciocÃnios morais e nos processos de decision-making.
Para tanto, proponho estabelecer um delineamento filosófico-cientÃfico da
contemporânea discussão acerca das relações de interação e integração
entre processos perceptivo/cognitivos e processos afetivos/emocionais.
Visando a realizar essa tarefa, tomo por orientação geral a proposta da
Neurociência Afetiva de Jaak Panksepp, que propõe, a partir de um modelo
neurofilosófico, situar o papel das emoções básicas no comportamento. A
partir do apoio no background conceitual da Neurociência Afetiva, pretendo
estabelecer as possÃveis relações entre estados mentais, estados neurais
e comportamento, com o fim de delinear e propor uma solução para as
dificuldades conceituais, filosóficas e cientÃficas que inerem à relação entre
habilidades neurobiológicas e experiências subjetivas. Por fim, proponho
apresentar, no âmbito das ciências cognitivas, a vantagem do emergentismo
em relação às teorias da identidade e às teorias reducionistas.
Resumo Inglês:
My intention here is to discuss the significance of emotions in the
structuring of moral reasoning and in the processes of decision-making. I propose to establish a philosophical and scientific design of the
contemporary discussion about the relations of interaction and integration
between perceptive/cognitive and affective/emotional processes. In other
to accomplish this task, I assume the proposal of Jaak Panksepp’s Affective
Neuroscience, which proposes, as a neurophilosophical model, to situate
the role of basic emotion in the behavior. From the support of its conceptual
background, I intend to establish the possible relations between mental
states, neural states and behavior, in order to outline and propose a solution
to the conceptual, philosophical and scientific difficulties that inhere in
the relations between neurobiological ability and subjective experiences.
Finally, I propose to show, in the context of the cognitive sciences, the
advantage of the emergentism in relation to identity and reductionist
theories.