O avesso do avesso: comando militarizado no território de exceção e gestão democrática da cidade – o Morro dos Prazeres como recorte documentado da intervenção policial no (sobre)viver urbano carioca

Revista Brasileira de Direito Urbanístico | RBDU

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ISSN: 2448-1386
Editor Chefe: Ligia Maria Silva Melo de Casimiro; Alexandre Godoy Dotta
Início Publicação: 01/07/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Engenharia ambiental, Área de Estudo: Engenharia civil, Área de Estudo: Engenharia de transportes, Área de Estudo: Engenharia elétrica, Área de Estudo: Engenharia sanitária, Área de Estudo: Multidisciplinar

O avesso do avesso: comando militarizado no território de exceção e gestão democrática da cidade – o Morro dos Prazeres como recorte documentado da intervenção policial no (sobre)viver urbano carioca

Ano: 2016 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Allan Ramalho Ferreira
Autor Correspondente: Allan Ramalho Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: direito à cidade, estado de exceção

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde a escolha da cidade do Rio de Janeiro para ser uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e receber, também, os Jogos Olímpicos de 2016, a cidade vem passando por transformações urbanísticas e reformas estruturais importantes. Nesse contexto, o estudo se volta para a crescente militarização da cidade e seu desnudamento em territórios de conflito. Foi escolhido um ponto da realidade a partir do qual se observa a maximização deste quadro fenomênico: transportar-nosemos, assim, para uma comunidade situada no Rio de Janeiro, por meio da análise de cenas pinçadas do documentário “Morro dos Prazeres”, de Maria Augusta Ramos, a fim de constatar a existência de um verdadeiro estado de exceção institucionalizado nas comunidades sob intervenção das Unidades de Polícia Pacificadora (etapa observatória/construtivista), que repercute na gestão da cidade e na (não)participação dos moradores na política de bairro. Superada essa etapa, o presente estudo pretende expor a dimensão significativa do antônimo da gestão democrática da cidade, por intermédio da definição de antônimos (método antagonista) – gestão e comando, democracia e totalitarismo, cidade e campo. São estes três conceitos vertidos, que, revertidos, contribuirão para a clarificação da noção, ainda que mínima ou evidente (tomada na sua singeleza, sem aprofundamentos), de gestão democrática da cidade.