O presente artigo objetiva apresentar a política externa do Brasil para a África, desenvolvida na década de 1960, durante a vigência da Política Externa Independente, de Jânio Quadros e de João Goulart, mas efetivamente implementada por Mario Gibson Barbosa, no curso do regime civil-militar brasileiro, como tendo sido influenciado diretamente pelo pensamento de Gilberto Freyre, sobretudo pela ideia de lusotropicalismo. Ademais, analisa-se a presença do sentimento de "pernambucanidade" na retomada do Atlântico Sul como horizonte possível da política externa brasileira.
This article aims to present the Brazilian foreign policy towards Africa, developed in the 1960s and conceived by Janio Quadros and João Goulart, but effectively implemented by Mario Gibson Barboza, during the Brazilian military regime, as being directly influenced by the thought of Gilberto Freyre, especially by the idea of “lusotropicalism”. Furthermore, it analyzes the presence of the so-called “pernambucanidade” in the undertaking of the South Atlantic as a dimension of the Brazilian foreign policy