O Cinema e sua dimensão estético-pedagógica: Bacurau e a Lógica Exúlica

Revista Brasileira de Educação do Campo

Endereço:
Avenida Nossa Senhora de Fatima, 1588, Centro, Cep. 77900-000, Tocantinópolis, Tocantins, Brasil. - Centro
Tocantinópolis / TO
77900000
Site: https://periodicos.ufnt.edu.br/index.php/campo
Telefone: (63) 3471-6037
ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

O Cinema e sua dimensão estético-pedagógica: Bacurau e a Lógica Exúlica

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: Não se aplica
Autores: A. V. L. e S. Prudente, E. de L. Souza,
Autor Correspondente: A. V. L. e S. Prudente | [email protected]

Palavras-chave: dimensão estético-pedagógica, lógica exúlica, infâncias, bacurau, saber na encruzilhada.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo “O Cinema e sua dimensão estético-pedagógica: Bacurau e a Lógica Exúlica” tem como objetivo expressar a dimensão estético-pedagógica do cinema, atingindo muitos tecidos sociais por ser uma estrutura que permite uma ação contínua na produção da subjetividade e na formação do gosto e do interesse de seus agentes consumidores, por meio das representações e representatividades possíveis. Utilizamos como metodologia a Lógica Exúlica, de Souza (2016), para compreender as relações entre coletividade, infância, as marcações de gênero, a compreensão de ‘outro’ e a cidade, centralizando o saber na encruzilhada. Esta interlocução forja possibilidades de rompimento com a colonialidade do poder, viabilizando circularidade de saberes, que em si já propõe uma quebra com o raciocínio cartesiano que se baseia em uma construção imperialista, colonial, que privilegia: o eurocentrismo, em detrimento das cosmopercepções africanas, afrodiaspóricas e indígenas; o adultocentrismo, desconsiderando os saberes infantis e as práticas possíveis dos idosos.           Mostrando-se, dessa forma, com um viés racista, utilitarista e capitalístico. É na retirada do ou, para o acréscimo do e, na valorização da somatória, que se observa que não há essa ordem de importância que o euro-hétero-macho-autoritário, de Prudente (2019), propõe.



Resumo Inglês:

The article “Cinema and its aesthetic-pedagogical dimension: Bacurau and the Exulic Logic” aims to express the aesthetic-pedagogical dimension of cinema, reaching many social fabrics for being a structure that allows a continuous action in the production of subjectivity and in the formation of taste and interest of its consuming agents, through possible representativeness and representation. We use the Exulic Logic as a methodology Souza (2016) to understand the relationships between collectivity, childhood, gender markings, the understanding of 'the other' and the city, centralizing knowledge at the crossroads. This dialogue forges possibilities of breaking away from the coloniality of power, enabling circularity of knowledge, which in itself already proposes a break with Cartesian reasoning, which is based on an imperialist, colonial construction that privileges: Eurocentrism to the detriment of African, Aphrodiasporic and indigenous cosmoperceptions; adultcentrism, disregarding children's knowledge and the possible practices of the elderly, thus, with a racist, utilitarian and capitalistic bias. It is in the removal of or, for the addition of and, in the valuation of the sum, that it is observed that there is no such order of importance that the Euro-straight-male-authoritarian Prudente (2019) proposes.



Resumo Espanhol:

El artículo “El cine y su dimensión estético-pedagógica: Bacurau y la lógica Exulic” pretende expresar la dimensión estético-pedagógica del cine por ser una estructura que permite una acción continua en la producción de subjetividad y en la formación del gusto e interés de sus agentes consumidores, a través de posibles representaciones y representatividad. Utilizamos la Lógica Exulic como metodología Souza (2016) para entender las relaciones entre colectividad, infancia, marcas de género, la comprensión del ‘otro’; y la ciudad, centralizando el conocimiento en la encrucijada. Esta interlocución forja posibilidades de ruptura con la colonialidad del poder, posibilitando la circularidad del conocimiento, que en sí misma ya propone una ruptura con el razonamiento cartesiano que se fundamenta en una construcción imperialista, colonial, que privilegia: Eurocentrismo en detrimento de las cosmopercepciones africanas, afrodiaspóricas e indígenas; adultcentrismo, desconociendo los conocimientos de los niños y las posibles prácticas de los ancianos, mostrándose así con un sesgo racista, utilitario y capitalista. Es en la eliminación de o, por la suma de y, en la valoración de la suma, que se observa que no existe tal orden de importancia que propone el euro-heterosexual-masculino-autoritario Prudente (2019).