O CONTROLE PENAL MODERNO: COLONIALIDADE DO PODER E APRISIONAMENTO FEMININO

Revista Brasileira de Ciências Criminais

Endereço:
Rua Onze de Agosto, 52 - 2º Andar - Centro - Centro
São Paulo / SP
01018-010
Site: http://www.ibccrim.org.br/
Telefone: (11) 3111-1040
ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O CONTROLE PENAL MODERNO: COLONIALIDADE DO PODER E APRISIONAMENTO FEMININO

Ano: 2017 | Volume: 129 | Número: 129
Autores: Camila Damasceno de Andrade
Autor Correspondente: ANDRADE, Camila Damasceno de | [email protected]

Palavras-chave: colonialidade, colonialismo, controle penal, gênero, modernidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Resumo: Com base no marco teórico da colonialidade do poder introduzido por Aníbal Quijano, este artigo aponta a expansão colonial para as Américas como a origem do controle penal moderno, responsável por instrumentalizar o processo de racialização do mundo e sustentar a supremacia da ordem capitalista. Considerando, também, a colonialidade de gênero como estruturante da colonialidade do poder, analisa-se o aprisionamento feminino, que vem recrudescendo cada vez mais no Brasil, como uma forma de violência contra as mulheres – especialmente contra as mulheres negras – gestada com a instauração da colonialidade como padrão de poder mundial.



Resumo Inglês:

Abstract: Based on the theoretical framework of the coloniality of power introduced by Aníbal Quijano, this paper points to the colonial expansion into the Americas as the origin of the modern criminal control, responsible for instrumentalizing the process of racialization of the world and sustaining the supremacy of the capitalist order. Considering also the coloniality of gender as a structuring factor of the coloniality of power, the female imprisonment, which is increasingly worsening in Brazil, is analyzed as a form of violence against women – specially against black women – gestated with the establishment of the coloniality as standard of world power.