O corpo sem morada: a doença psicossomática como expressão do desfundamento da pessoa humana na sociedade contemporânea

Revista de Psicologia

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ISSN: 2179-1740
Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

O corpo sem morada: a doença psicossomática como expressão do desfundamento da pessoa humana na sociedade contemporânea

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: M. V. M. Maia, N. N. B. Pinheiro
Autor Correspondente: M. V. M. Maia | [email protected]

Palavras-chave: psicossomática, contemporaneidade, desenvolvimento emocional, corporeidade, winnicott, bauman

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto pretende promover uma reflexão sobre as possibilidades encontradas, na contemporaneidade, para que o corpo possa vir a se constituir como expressividade do Ser. Para tal problematiza as relações estabelecidas entre a corporeidade e o cenário fluido da contemporaneidade. Inicia-se a partir das contribuições de Bauman no deslindamento das condições categoriais que definem o atual espaço histórico-social como sendo organizado pelas vertentes do tempo fluido, dos laços sociais frágeis, da individualidade e do hedonismo massificantes, que comportam uma inserção corporal fragmentada e sem referenciais coletivos. As implicações desse cenário sobre a vivência corporal são tematizadas tomando como articulador principal a perspectiva winnicottiana sobre o desenvolvimento emocional do Ser humano para nos indagarmos quais seriam as possibilidades encontradas pelo Corpo de vir a se constituir como um lugar de morada para o Self, fundando o abrigo necessário para nossa sobrevivência psicossomática.



Resumo Inglês:

The present paper aims to promote a reflection on the possibilities found by body in order to be an expression of being at present times. The relationship between body and contemporary world is taken into consideration. First it presents Baunan’s theory on contemporary social space, stressing fluid times, fragile social links and individuality which fund a fragmented body with no group references. The impact of this scene on body’s experience is questioned in relation to Winnicott’s theory on emotional development to inquire if there is any possibility that body came to be a Self place able to sustain our psychosomatic survival.