O currículo de física em movimento: compreender os processos históricos do conhecimento em uma perspectiva antirracista

Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia

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ISSN: 1982-873X
Editor Chefe: Sani de Carvalho Rutz da Silva
Início Publicação: 01/04/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Multidisciplinar

O currículo de física em movimento: compreender os processos históricos do conhecimento em uma perspectiva antirracista

Ano: 2019 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: A. C. Oliveira, B. V. Vaniel
Autor Correspondente: A. C. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: ensino de física, relações étnico-raciais, currículo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo traz resultados de uma dissertação — do Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF), polo 21, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG — a qual teve como objetivo central, investigar como o Ensino de Física pode contribuir para uma educação antirracista, a partir da vivência de uma Unidade de Aprendizagem sobre as tecnologias desenvolvidas por africanos(as) e afro-brasileiros(as) escravizados(as) no período escravista criminoso no Brasil. A fim de atingirmos tal objetivo, analisamos uma Unidade de Aprendizagem no contexto do Ensino de Física vivenciada por estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola Estadual em Porto Alegre (RS). Ao longo da vivência buscamos responder as duas questões: (a) Como o Ensino de Física pode contribuir para uma educação antirracista e desenvolver metodologias que dialoguem com a legislação vigente, contribuindo para o exercício da cidadania e para a formação científico-tecnológica no seu contexto político-social?; (b) Como a utilização da Física relacionada aos equipamentos desenvolvidos pelos africanos(as) escravizados(as) no período escravista criminoso no Brasil, pode ser uma estratégia para abordar a história e cultura africana e afro-brasileira visando uma educação antirracista?. Utilizamos a Análise Textual Discursiva (ATD), de Moraes e Galiazzi (2013) em que o corpus da pesquisa para análise constituiu-se pelas produções escritas e diálogos dos estudantes e do professor durante a vivência da Unidade de Aprendizagem. Identificamos como resultado duas categorias: “Currículo em Movimento” e “Descolonizar o currículo de Física”.

Resumo Inglês:

This article presents results of a dissertation - of the Professional Master's Degree in Physics Teaching (MNPEF), Pole 21, of the Federal University of Rio Grande (FURG), that aims to investigate how Physics Teaching can contribute to an antiracist education from the experience of a Learning Unit’s content about technologies developed by the African and Afro-Brazilian enslaved population during the criminal slave period in Brazil. Pursuing this goal we analyze this Learning Unit in the context of Physics Teaching through a vivence with students from the public High School system of Porto Alegre (RS). Along the research we looked for to answer two question: a) "How can Physics Teaching contribute to an antiracist education and developing methodologies that dialogue with current legislation contributing to the exercise of citizenship and to a scientific and technological formation within its political and social context?"; b) "How the use of the physics involved in the equipaments developed by the African and Afro-Brazilian enslaved population can be an estrategy to approach the African's and Afro-Brazilian's history and culture for a antiracist education? The methodology used was the Discursive Textual Analysis (ATD) by Moraes and Galiazzi (2013) in which the corpus of the analysis consisted of the written productions and dialogues of the students and the teacher during the vivence of the Learning Unit. We have found two categories: "Curriculum in Motion" and "to Decolonize the Physics Curriculum".