O CURRÍCULO ESCOLAR E A EMERGÊNCIA DE UMA EDUCAÇÃO INTERCULTURAL CRÍTICA

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

O CURRÍCULO ESCOLAR E A EMERGÊNCIA DE UMA EDUCAÇÃO INTERCULTURAL CRÍTICA

Ano: 2022 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: M. F. Figueredo, D. J. S. Macêdo
Autor Correspondente: M. F. Figueredo | [email protected]

Palavras-chave: Currículo, Teorias curriculares, Educação intercultural

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto tem como intento problematizar o currículo escolar ao longo dos anos e a emergência de uma educação intercultural crítica. Para isso, abordou-se acerca das teorias tradicionais, críticas e pós-críticas de currículo, destacando nelas os elementos centrais e o lugar da cultura em cada uma delas, bem como as intenções quanto aos sujeitos e a inserção deles na sociedade. As teorias tradicionais enfatizam o controle social e privilegiam o conhecimento e a cultura dominantes. Já as teorias críticas e pós-críticas estão preocupadas com as relações de poder imbricadas no currículo, assim, defendem a sua construção com base na realidade, nas especificidades e culturas dos/as estudantes. Ao compreender o currículo como um artefato cultural que influencia na formação e na atuação dos sujeitos na sociedade, infere-se que é necessário questionar o pensamento “abissal” imbricado nele. Em prol do reconhecimento da diversidade cultural, do rompimento de práticas de dominação e de exclusão e de uma formação crítica, defende-se a produção de currículos que tenham como base a educação intercultural crítica, que é orientada pela multiplicidade de conhecimentos e de culturas, visando o combate de todas as formas de desigualdade e discriminação presentes na sociedade.



Resumo Inglês:

This essay unfolds from reflections produced within the scope of a master's study and aims to problematize the school curriculum over the years and the emergence of a criticalintercultural education. For this, traditional theories, criticisms and post-criticisms of curriculum were approached, highlighting the central elements and the place of culture in each of them, as well as the intentions regarding the subjects and their insertion in society. Based on traditional theories, the curriculum, at the mercy of productivity, subjects teaching to methods and techniques dissociated from reflections on reality, privileging dominant knowledge and culture. On the other hand, critical and post-critical theories are concerned with the power relations imbricated in the curriculum, questioning them. Based on post-critical theories, when understanding the curriculum as a cultural artifact that influences the formation and performance of subjects in society, it is inferred that it is necessary to question the "abyssal" thinking that crosses it, breaking with totalizing and prescriptive notions. In favor of the recognition of cultural diversity, the breaking of practices of domination and exclusion, as well as critical training, the production of curricula based on critical intercultural education, which is guided by the multiplicity of knowledge, is defended and cultures, with a view to combating all forms of inequalities and discrimination present in society.



Resumo Espanhol:

Este ensayo parte de reflexiones producidas en el marco de un estudio de maestría y tiene como objetivo problematizar el currículo escolar a lo largo de los años y el surgimiento de una educación intercultural crítica. Para ello, se abordaron teorías tradicionales, críticas y poscríticas del currículo, destacando los elementos centrales y el lugar de la cultura en cada uno de ellos, así como las intenciones respecto de los sujetos y su inserción en la sociedad. Basado en las teorías tradicionales, el currículo, a merced de la productividad, sujeta la enseñanza a métodos y técnicas desvinculadas de la reflexión sobre la realidad, privilegiando los saberes y la cultura dominantes. Por otro lado, las teorías críticas y poscríticas se preocupan por las relaciones de poder imbricadas en el currículo, cuestionándolas. Con base en teorías poscríticas, al entender el currículo como un artefacto cultural que influye en la formación y desempeño de los sujetos en la sociedad, se infiere que es necesario cuestionar el pensamiento “abismal” que lo atraviesa, rompiendo con nociones totalizadoras y prescriptivas.A favor del reconocimiento de la diversidad cultural, la ruptura de las prácticas de dominación y exclusión, así como la formación crítica, se defiende la producción de currículos basados en la educación intercultural crítica, que se guíe por la multiplicidad de saberes y culturas, con el objetivo de combatir todas las formas de desigualdades y discriminaciones presentes en la sociedad.