A transição para um regime democrático na África do Sul na década de 1990 encontrou o surgimento das políticas neoliberais e do discurso que abordava as “boas instituições” e a “boa governança” como motores do crescimento econômico. No caso dos países africanos, o discurso de organismos multilaterais como o Banco Mundial e o FMI incluía a ideia de que políticas voltadas para a erradicação da pobreza e o incentivo à educação também significariam desenvolvimento. O objetivo do presente estudo é avaliar em que medida a adequação aos modelos institucionais orientados para o mercado tem contribuído para o desenvolvimento sul-africano, a partir de um conjunto de instituições. Para tanto, o presente estudo realizou uma revisão da literatura sobre a Nova Economia Institucional (NIE), principal proponente das instituições voltadas para o mercado como chave para o desenvolvimento; também analisou a visão crítica desses modelos lineares. Conclui que a associação entre instituições e desenvolvimento econômico é mais complexa do que a estimada em modelos orientados para o mercado aplicados ao institucionalismo dominante, principalmente para países em desenvolvimento.
The transition to a democratic regime in South Africa in the 1990s met the rise of neoliberal policies and the discourse addressing “good institutions” and “good governance” as economic growth drivers. In the case of African countries, the discourse preached by multilateral organizations such as the World Bank and the IMF included the idea that policies focused on eradicating poverty and on encouraging education would also mean development. The aim of the current study is to assess to what extent the adequacy to market-oriented institutional models has contributed to South African development, based on a set of institutions. In order to do so, the current study conducted a literature review about the New Institutional Economics (NIE), which is the main proponent of market-oriented institutions as key to development; it also analyzed the critical view of these linear models. It concludes that the association between institutions and economic development is more complex than that estimated in market-oriented models applied to mainstream institutionalism, mainly for developing countries.