O DIREITO DE DEFESA NA LAVA JATO

Revista Brasileira de Ciências Criminais

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ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O DIREITO DE DEFESA NA LAVA JATO

Ano: 2016 | Volume: 122 | Número: 0
Autores: Alberto Zacharias Toron
Autor Correspondente: TORON, Alberto Zacharias | [email protected]

Palavras-chave: Lava Jato – Devido processo legal – Prisão preventiva – Habeas corpus.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O texto procura mostrar que o fenômeno da corrupção sistêmica não é novo no Brasil e a Operação Lava Jato só conseguiu o êxito marcante nas investigações mediante a utilização desmedida e prolongada de prisões preventivas, que levaram a um elevado número de delações premiadas. Comparada com o processo do Mensalão (AP- 470), na Lava Jato o devido processo legal também foi atropelado, não apenas pelo desprezo ao princípio da presunção de inocência, mas também pela escassez de tempo para a apresentação das defesas, denúncias fatiadas com o comprometimento da compreensão da narrativa fática e dificuldades de se conversar com os presos por meio de interfone no parlatório da cadeia na Polícia Federal. Por fim, aponta-se a gravidade da proposta do Ministério Público Federal nas “Dez Medidas contra a Corrupção” que, além de pretender o incremento de penas e endurecimento no tratamento processual, busca restringir o cabimento do habeas corpus. A paridade de armas, a prevalecer tal proposta, fica duramente atingida.